Assim como as demais cidades do Paraná, o município de Arapongas tem se mantido em alerta e com ações de combate ao mosquito Aedes aegypti – causador de doenças como a dengue, zica e chikungunya. Conforme o último boletim informativo semanal da Secretaria Municipal de Saúde, Arapongas apresenta o total de 133 notificações, sendo 90 com resultados negativos, 38 em investigação e cinco casos confirmados para dengue. De acordo com o relatório, dos casos confirmados, quatro são importados (ou seja, a contaminação ocorreu em outra cidade) e um caso foi adquirido no próprio município.
“Há duas semanas, tínhamos o registro de apenas um caso confirmado de dengue. Nesta semana já saltamos para cinco. Mesmo sendo um número relativamente baixo, se comparado com as demais cidades do Paraná, até mesmo municípios mais próximos, como Londrina e Rolândia, devemos redobrar nossa atenção e cuidados essenciais. Combater o mosquito da dengue é um dever de todos nós, como cidadãos preocupados com saúde pública. Manter diariamente os quintais limpos e eliminar o acúmulo de água parada leva cerca de 10 minutos. Precisamos incluir essas práticas eficazes para que não haja uma infestação”, alerta o secretário de Saúde, Moacir Paludetto Jr.
O Controle de Endemias enfatiza também à população que inclua nas ações preventivas a instalação de telas de proteção em janelas, uso de repelentes, somado à limpeza e eliminação do acúmulo de água parada, que pode acontecer em vasos de plantas, garrafas, pneus, caixas d’água, calhas, reservatório da geladeira, entre outros. “Essa é uma força-tarefa, contamos com a coloração de todos. Temos atualmente um quadro de 70 agentes de combate a endemias, que têm fiscalizado 100% dos imóveis e eliminado os criadouros, tanto na área urbana de Arapongas quanto no distrito de Aricanduva e na comunidade do Campinho. Porém, o apoio e cuidados de toda a população são extremamente necessários”, reforça o coordenador do Controle de Endemias, Valdecir Pardini.
Nesta quarta-feira (29), o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, reforçou o alerta para todo o município. “Neste momento, todos nós somos agentes, cuidando dos nossos quintais, repassando a orientação aos demais vizinhos. Em algumas atitudes, acabamos facilitando a formação do criadouro e só nós podemos mudar essa realidade. Nós, do poder público, temos feito a nossa parte e contamos com reforço de todos. As fiscalizações têm sido feitas, tantos nas residências, quanto nos terrenos baldios e, caso haja necessidade, vamos notificar”, acrescenta.
Onofre ainda pediu que seja denunciado o descarte de lixo em terrenos baldios – que pode resultar em criadouros para o mosquito da dengue. Nesses casos, a população deve acionar o Controle de Endemias - 3902-1079, ou 153 – Guarda Ambiental.
Informações do Paraná – Sesa
O boletim epidemiológico divulgado ontem (28) pela Secretaria da Saúde do Paraná registra sete óbitos por dengue no estado; são cinco mortes a mais que o informe da semana anterior. O número de casos confirmados aumentou em 3.264: passou de 7.618 para 10.882 confirmações, um aumento de 42,82% em relação à semana anterior. São 198 municípios com casos confirmados para a doença.
Segundo os dados, 34 municípios se encontram em epidemia, 10 a mais que a relação divulgada na semana passada. Os municípios que passaram a constar desta lista são: Jesuítas, Barbosa Ferraz, Iretama, Alto Paraná, Paranapoema, Munhoz de Mello, Lupionópolis, Jacarezinho, Quatro Pontes e Godoy Moreira.
Outras 26 cidades estão em situação de alerta; o número também aumentou se comparado ao informe anterior, com 8 municípios a mais. São eles: Fênix, Alto Piquiri, Loanda, São João do Caiuá, São Pedro do Paraná, Santa Inês e Santo Inácio.
O Governo do Paraná desenvolve neste momento várias ações de combate ao mosquito vetor em todas as regiões, coordenadas pelo Comitê Intersetorial de Controle da Dengue.
Óbitos - Os cinco novos óbitos confirmados nesta semana envolvem idosos, todos portadores de comorbidades, que são doenças crônicas já instaladas e que associadas à dengue agravam o estado de saúde dos pacientes, provocando o óbito.
“Por isso, reafirmamos os cuidados nesta faixa etária e nossa atuação, nesta semana, envolve exatamente a capacitação para manejo clínico de pacientes. Nesta terça-feira seguimos programação de orientações a profissionais com foco assistencial, junto à 17ª Regional de Londrina, com a participação de cerca de 300 profissionais. Na quarta-feira, a mesma capacitação será em Maringá; na quinta, em Paranavaí, e na sexta, em Campo Mourão; nosso objetivo é que os profissionais das unidades de saúde estejam sempre preparados para o diagnóstico e atendimento ágil e eficaz”, afirmou o secretário de estado da saúde Beto preto.
De acordo com o boletim quatro mortes são casos autóctones, contraídos na cidade de residência: mais um caso foi em Nova Cantu; uma mulher de 71 anos, com pneumonia e artrite reumatóide (óbito em 03/01/2020); um caso em Itaguajé, uma mulher de 89 anos, portadora de hipertensão arterial (óbito em 09/01/2020); um caso em Colorado; onde morreu um homem de 80 anos e cardiopata ( óbito em 26/12/2019), e um caso em Florestópolis, um homem de 72 anos (23/12/2019). Um outro caso importado foi confirmado: de uma moradora do município de Rondon; a mulher de 66 anos, adquiriu dengue quando viajou para Itajubi, no interior paulista e era portadora de hipertensão arterial e diabetes (óbito em 12/01/2020).