Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que mais de 16 milhões de brasileiros têm diabetes, o que representa 9% de toda população. No ranking dos países com maiores números de casos, o Brasil aparece em quarto lugar, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Ainda de acordo com a OMS, o diabetes é classificado como uma das quatro maiores doenças crônicas não comunicantes do mundo, junto com câncer, doenças cardiovasculares e doenças pulmonares crônicas.
Aproximadamente 75% dos pacientes portadores de diabetes também apresentam pressão alta e nível de colesterol elevado. A doença é um fator de risco agravante para doença cardiovascular, além de aumentar de dois a quatro vezes o risco de morte por doença cardíaca. De acordo com a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR), Silmara Leite, pessoas com diabetes morrem mais cedo devido a doença cardiovascular, e esta é a principal causa de mortalidade relacionada ao diabetes.
“A população precisa reconhecer a necessidade de controlar todos os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, incluindo o controle da pressão arterial, redução dos níveis de colesterol e controle da glicose” explica Silmara. O aumento no risco de problemas no coração ocorre porque, quando há um excesso de glicose no sangue, os danos causados pelo colesterol elevado e pela pressão alta nos vasos sanguíneos são maiores e propicia a formação de placas de aterosclerose que entopem as artérias. Com isso, as chances de desencadear um infarto fulminante são maiores.
Controlar o excesso de peso, realizar exercícios físicos regularmente, cessar o tabagismo e manter uma alimentação saudável estão entre as práticas que podem ser feitas como forma de prevenção da doença cardiovascular. Silmara comenta que campanhas de conscientização e a disseminação de mais informações sobre o assunto é de extrema importância para que seja possível prevenir as doenças crônicas e não apenas tratar as consequências. “Controlar o colesterol associando o uso de medicamentos da classe das estatinas comprovadamente reduz a mortalidade por doenças cardiovasculares em pessoas portadoras de diabetes”, revela a médica. Além disso, diminuir a quantidade de sal ingerido também ajuda a manter a pressão arterial controlada.
Sobre a SBEM-PR
Fundada em setembro de 1957, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná tem como objetivo promover a expansão da endocrinologia no Estado, valorizar a especialidade médica e esclarecer à população sobre as diversas doenças endócrinas e metabólicas. Com unidades em Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina, a instituição conta hoje com cerca de 200 sócios. Mais informações: www.sbempr.org.br.
Fonte: Central Press