Como você já deve saber, faz tempo que os cientistas estão em busca de evidências da existência de água em outros planetas — uma vez que a presença da substância aumenta consideravelmente a probabilidade da descoberta de formas de vida (como a conhecemos) fora da Terra.
Esse tipo de levantamento — que consiste, basicamente, em disparar sinais em direção à superfície e interpretar a intensidade com a qual os sinais que voltam ao equipamento — permite que os cientistas identifiquem a composição do solo e subsolo de determinado terreno. No caso da área estudada em Marte, que mede mais ou menos 200 quilômetros de largura, após perto de 30 varreduras, os resultados apontaram que, sob a camada de gelo que existe por lá, pode existir água em sua forma líquida. Aliás, um baita de um lago!
Os levantamentos apontaram que o lago se encontra sob mais ou menos 1,5 quilômetro de gelo, mede uns 20 km de largura e pode ter pelo menos um metro de profundidade. Com relação a isso, os pesquisadores explicaram que, como se trata de dados obtidos a partir de leituras de radar — e a água absorve os sinais —, é difícil determinar quão fundo é o reservatório ou se, além de água, também existem rochas porosas infiltradas no líquido.
Porém, conforme apostam muitos cientistas, onde há água também pode haver vida, né? Nesse sentido, é importante frisar que em nenhum momento os pesquisadores falaram que podem existir marcianinhos em Marte, mesmo porque ainda é necessário provar que o tal lago realmente está debaixo do gelo. Mas, caso seja enviado algum rover ou explorador até Planum Australe para perfurar o gelo e se confirme a existência de água líquida, os pesquisadores estimam que o lago possa conter centenas de milhões de metros cúbicos da substância.
Possibilidades
E como é que esse material foi parar lá? Os cientistas explicaram que o — possível — reservatório de água se encontra em uma depressão do terreno e, portanto, o lago (se real) se formou por meio do derretimento do gelo. Sobre conduzir perfurações no local, apesar de se tratar de uma empreitada bastante desafiadora, tecnologia necessária para isso já está disponível, e a maior dificuldade seria realizar os trabalhos sem contaminar o lago com micróbios terrestres que possam pegar carona com os equipamentos.
fonte - megacurioso.com.br