Argentina nega pensão para rapaz que se casou com a tia-avó de 91 anos

Autor: Da Redação,
sábado, 04/11/2017
Mauricio e Yolanda se casaram em 2015: tia-avó 68 anos mais velha que ele -  Foto: Facebook/Reprodução

O argentino Mauricio Ossola, de 23 anos, se casou há dois anos com Yolanda Torres, sua tia-avó 68 anos mais velha que ele. Após a morte da professora aposentada, o rapaz requereu pensão da previdência social, mas  a Administração Nacional de Segurança Social da Argentina (Anses) negou o pagamento para o viúvo de 26 anos, em uma decisão categórica. Ossola já manifestou a intenção de levar o caso para a Justiça, divulgou o jornal argentino "El Tribuno".

O fundo de previdência alega que o casal não tinha um casamento legítimo. Para o sistema de segurança social, a luta do jovem é para receber uma aposentadoria que não lhe pertence por direito. Mas Mauricio argumenta que, apesar da diferença de idade e do parentesco entre eles, o matrimônio respeitou a legislação argentina. "Yolanda insistiu que eu tinha que terminar meus estudos", disse Mauricio, frisando que ela deu um apoio "muito importante" na vida dele e que esse era o seu "último desejo".

Conforme o jovem, eles se casaram quando ele estava a ponto de largar os estudos para começar a trabalhar. Ele morava com Yolanda desde criança, na cidade Tres Cerritos, além do irmão, da mãe e da avó. O casamento foi em uma cerimônia simples ao norte da província de Salta, onde vivem. "A negação ao meu pedido é infundada e não vou trair o último desejo de Yolanda e o juramento que lhe fiz", disse.

Legislação argentina
Na Argentina, há uma permissão para as pensões serem concedidas se os ganhos da pessoa falecida forem comprovados como o único apoio financeiro do viúvo ou da viúva. Mas este não é caso de Mauricio, que atualmente trabalha como advogado.

"Nosso casamento foi uma decisão nobre e legítima", assegura o rapaz. "Eu amo Yolanda da forma mais pura que é possível amar alguém, e esse sentimento, junto com a dor de tê-la perdido, vai estar comigo até o fim dos meus dias", completou Mauricio Ossola.

As informações são do jornal argentino "El Tribuno"