A Justiça negou pedido de devolução dos bens do cantor sertanejo Rafael Francisco Frare de Siqueira, preso na Operação Sem Filtro, no final de setembro, em Londrina. Ação deflagrada pelo Núcleo de repressão a Crimes Econômicos (Nurce) foi realizada no Paraná e em outros quatro estados para investigar lavagem de dinheiro em um esquema de falsificação de cigarros.
O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, indeferiu pedido de devolução dos bens de Rafael avaliou que os documentos juntados pela defesa do sertanejo "não são capazes de provar que os bens apreendidos não sejam provenientes de crimes, em tese, praticados pelo acusado". Rafael Frare foi solto no dia 26 de setembro após o prazo da prisão preventiva ter expirado. "Para que se possa restituir os bens requeridos, se faz necessária a prova clara e robusta de origem lícita do objeto, o que não vislumbro nos presentes autos", ponderou o juiz.
Sequestro de bens e bloqueio de contas
O sequestro de R$ R$ 6,5 milhões dos bens do pai de Rafale, suspeito de chefiar a quadrilha e de 19 veículos utilizados pela organização criminosa foi solicitado pela Polícia Civil, além do bloqueio de seis contas bancárias, sendo duas delas pertencentes a empresas, ainda de acordo com a Polícia Civil.
Rafael ficou cinco dias preso em Londrina.Ele e outras 15 pessoas são investigadas por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a saúde pública.
No total, 35 mandados judiciais foram cumpridos em cidades no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais e Bahia.