O Governo do Paraná repassou, desde 2011, aproximadamente R$ 522 milhões para fortalecer o sistema de saúde da Capital. Obras em unidades de saúde (US), melhorias em hospitais estratégicos, incentivos de custeio para ações e serviços de referência, ambulâncias, equipamentos, medicamentos para a rede básica e recursos para mutirões de consultas, exames e cirurgias especializadas. Tudo isso faz parte de um amplo conjunto de investimentos do Governo do Estado.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, trata-se de um grande esforço que o Governo tem feito para reestruturar a rede pública de saúde da Capital. “O Governo do Estado quer transformar Curitiba novamente em uma cidade modelo na área da saúde, oferecendo o que há de melhor à população”, afirmou.ATENÇÃO PRIMÁRIA – Somente para obras na rede básica foram destinados cerca de R$ 8,2 milhões. Quatro unidades de saúde, previstas para serem construídas no início da gestão do governador Beto Richa, já estão prontas e beneficiam moradores de Campo Alegre (CIC), Vila Sabará (CIC), Coqueiros (Sítio Cercado) e Xaxim (Sítio Cercado). Há ainda a construção da US do Jardim Aliança (Santa Cândida), que está em fase final de conclusão.De acordo com Caputo Neto, também estão garantidos recursos para a reforma de outras 13 unidades de saúde.
Nesta primeira etapa serão contempladas US Vista Alegre, US Tingui, US Fernando de Noronha, US Nossa Senhora da Luz, US Moradias da Ordem, US Abaeté, US Caximba, US Palmeiras, US Caiuá, US Parque Industrial, US Ipiranga, US Pompéia e US Dom Bosco. O investimento será de até R$ 150 mil em cada obra.
“A saúde começa pela base e é nesta lógica que estamos trabalhando. Ao fortalecer a retaguarda de atendimento nos bairros, levamos assistência de qualidade para mais perto das pessoas”, disse o secretário. A expectativa, segundo ele, é que todas as obras sejam finalizadas até o ano que vem.
MEDICAMENTOS – No início deste ano, o Governo do Estado repassou, em regime de urgência, R$ 4 milhões à Prefeitura para compra de medicamentos. O motivo foi o desabastecimento de unidades de saúde, de pronto-atendimento (UPA) e hospitais, que necessitavam desde analgésicos e antitérmicos até antibióticos. Com esta ação, foi possível normalizar os estoques das farmácias municipais.
O Estado mantém ainda, no centro de Curitiba, uma das maiores farmácias públicas do país. O local atende 28.700 pessoas, sendo mais de 20 mil usuários da Capital e o restante dos 28 municípios da região metropolitana. São fornecidos gratuitamente 232 tipos de medicamentos para o tratamento de pelo menos 80 doenças.Nesta semana, a unidade curitibana do Programa Farmácia do Paraná alcançou a marca de 200 mil atendimentos em 2017. Segundo o diretor da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, Guilherme Graziani, este é um volume expressivo que demonstra a importância desta estrutura para toda a comunidade. “Aqui, atendemos pessoas que dependem destes medicamentos para sobreviver e ter melhor qualidade de vida”.
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – O apoio do governo estadual à rede de saúde da Capital se estende também à retaguarda de urgência e emergência. São incentivos a hospitais de referência, através do programa HospSUS (de apoio aos hospitais públicos e filantrópicos); recursos para o custeio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate 193); sem contar o apoio destinado à manutenção do Serviço de Transporte Aeromédico, com um avião UTI e um helicóptero de resgate à disposição.
Foto: AEN
Nos últimos anos, o Estado foi responsável também pela renovação da frota do Siate, além de auxiliar na reposição de ambulâncias do Samu. “Tudo isso tem impacto direto na agilidade e eficiência do atendimento à população. Em situações de urgência e emergência, cada minuto é importante e pode ser decisivo para salvar uma vida”, diz o coordenador da Rede Paraná Urgência, Vinícius Filipak.
Recentemente, o Estado e a Prefeitura inauguraram dois novos helipontos para ampliar as opções de pouso do helicóptero de resgate na Capital. Além do Hospital do Trabalhador, que já detinha a estrutura, agora o Hospital Cajuru e a UPA do Tatuquara também mantêm helipontos em operação 24 horas por dia.
FUTURO – E as ações do Governo do Paraná não param por aí. Duas novas obras financiadas pelo Estado devem trazer ganhos importantes a todo o sistema de saúde. Uma delas é a construção do “Anexo da Mulher” do Hospital do Trabalhador, no bairro Novo Mundo.
O diretor-geral do HT, Geci Labres de Souza Júnior, diz que a unidade deve ser inaugurada no primeiro semestre do ano que vem. “Esta é a maior obra de ampliação de toda a história do nosso hospital. O projeto só saiu do papel graças ao investimento de R$ 7,5 milhões do Estado”, enfatizou.
O Anexo da Mulher, com mais de 4 mil metros quadrados, vai abrigar os serviços da maternidade; atendimento de ginecologia e obstetrícia; UTIs, leitos de internação e uma série de outros setores voltados exclusivamente ao atendimento feminino e materno-infantil.
A outra obra é do “Erastinho”, a unidade infantil do Hospital Erasto Gaertner, especializado em oncologia. Entre 2017 e 2018, o Estado vai investir R$ 12 milhões na construção do prédio, que vai melhorar as condições de tratamento do câncer em crianças.
A expectativa é ampliar de 20 para 39 o número de leitos infantojuvenis, permitindo o atendimento de 300 novos casos por ano. Poderão ser feitas, no local, até 17 mil consultas, 500 cirurgias e mais de 85 mil procedimentos anualmente.