Jornalista envolvido em escutas com irmã de Aécio tem carreira marcada por polêmicas 

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 24/05/2017
Foto: Reprodução YouTube

Na noite desta terça-feira, (23), o jornalista político Reinaldo Azevedo, anunciou seu desligamento de duas grandes mídias nacionais, a revista Veja e a Rádio Jovem Pan, após vazar gravações de conversas entre ele e Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB/MG). Os alvos de Azevedo foram o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot e a própria revista Veja.

Após ver seu nome envolvido em mais um escândalo, o jornalista resolveu vir a público em seu blog como um último post e acusou ao PGR Janot de fascismo. Para ele, a divulgação foi uma tentativa de intimidação do Ministério Público devido a suas reiteradas críticas as medidas da instituição aplicadas no âmbito da Operação Lava Jato.

Mas essa não foi a primeira vez em que o jornalista e agora ex-blogueiro, se viu em meio a escândalo políticos ou relacionados ao tema. Em fevereiro desse ano, Azevedo usou o canal do YouTube “Pingos nos Is” para publicar um vídeo intitulado “Reinaldo Azevedo diz o que pensa sobre Joice Hasselmann”, no qual ele criticava severamente a ex-colega de trabalho, a chamando de “burra”, “xucra”, “plagiadora” e disse que sempre tinha vergonha de ficar ao lado dela.

O jornalista ainda conseguiu irritar a Olavo de Carvalho, que acionou judicialmente em 2016 a Editora Abril devido a comentários feitos por Reinaldo em blog mantido na página da revista Veja, mas em primeira instância teve seu pedido de direito de resposta negado em duas ações. Uma terceira ação tramita na Vara Criminal de Barueri, por injúria, contra o próprio jornalista.

Dentre seus vários casos de desafetos, Reinaldo Azevedo teve seu ápice há pouco tempo, quando conseguiu irritar a outro colega de profissão e fundador do O Antagonista, Diogo Mainardi. Diogo chegou a publicar em seu Twitter a frase "Vai dar a bunda, Reinaldo", em resposta a uma publicação de Azevedo em seu blog, onde Mainardi era alvo de suas críticas.

Reinaldo Azevedo chegou a mandar Sérgio Moro “catar coquinho”, em um de seus programas. Aparentemente exaltado o jornalista criticou duramente, o que em sua opinião, é considerado abuso de poder de Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato.

Crítico ativo do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Azevedo sempre disse que considerava o deputado um extremista de cunho fascista de direita. Em um de seus vídeos, o jornalista chama os eleitores que apoiam uma possível candidatura de Bolsonaro a presidência de "direita burra."

Em seu último post no blog da revista Veja, Azevedo enfatiza que “o que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação.”, sobre ter sua conversa divulgada.

Ele finaliza seu post dizendo que também existe uma agressão a uma das garantias que sua profissão lhe ofertava. “A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo.”, encerra Azevedo.