Justiça concede liberdade provisória e determina fiança para apucaranenses envolvidos na Operação Carne Fraca

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 28/04/2017

 A Justiça Federal concedeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança a dois apucaranenses e mais outros três acusados de envolvimento no suposto esquema criminoso investigado na Operação Carne Fraca. O "escândalo da carne", como ficou conhecido, teria participação de servidores e previa o pagamento de propina para mascarar irregularidades na fiscalização de carnes e na inspeção de frigoríficos.

Nilson Alves Ribeiro e Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro (pai e filho) foram acusados de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura no Paraná em troca de uma licença em tempo recorde para abate de carne de cavalo em um frigorífico da família. Eles negam as acusações. 

Conforme a decisão do juiz, os empresários terão que pagar R$ 325.000,00 cada um de fiança. Os advogados dos empresários pediram reconsideração do valor da multa fixado. O juiz, entretanto, indeferiu o pedido.

O mandado de prisão preventiva de Nilson Alves Ribeiro não chegou a ser cumprido, porque, atualmente, ele mora na Itália. Já Nilson Umberto estava preso em Curitiba. 

Os outros três acusados, Josenei Manoel Pinto, Roberto Brasiliano da Silva, Sebastião Machado Ferreira terão que pagar fiança de R$ 50 mil cada um. 

Investigação

A investigação começou apurando irregularidades verificadas na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu cinco denúncias, citando 60 pessoas, dentre as quais 59 tornaram-se rés no processo.