O coro de vozes na comunidade científica internacional que alerta sobre os perigos do aumento da automação no mercado de trabalho tem um adepto emblemático. É Stephen Hawking, um dos mais renomados cientistas do mundo desde a segunda metade do Século XX. O astrofísico teórico, autor de vários livros bestsellers de ciência popular, reiterou recentemente que a automação da indústria e serviços vai ser prejudicial para a classe média num futuro próximo.
Hawking reconheceu que a votação favorável à separação do Reino Unido da União Europeia (vulgarmente conhecida como Brexit) e a eleição do republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode afetar o equilíbrio das relações econômicas e sociais registrado últimos anos, e prevê que a classe média, já fragilizada, será a mais afetada à medida que a automação substitui a maior parte dos empregos. Simultaneamente, os abismos sociais e a distribuição de recursos entre os mais ricos e os mais pobres vai aumentar.
Para Stephen Hawking, é um erro ignorar as escolhas mais populistas dos setores mais afetados da sociedade, e que uma nova forma de garantir recursos à maioria das populações terá que ser proposta.
Estudo da Universidade de Oxford
Até lá, com o advento da automação e o aprimoramento das inteligências artificiais, o desemprego deverá aumentar, conforme um estudo feito pela Universidade de Oxford e pelo Citibank, em fevereiro de 2016, que aponta para uma perda de 47% dos empregos nos Estados Unidos, 35% no Reino Unido, 77% na China e 69% na Índia.
Com informações do portal motor24.pt