Projeto coordenado por Stephen Hawking agrega 'orelhas da Terra ' para mirar vida extraterrestre

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 11/11/2016
O telescópio do observatório Parkes, na Austrália, é a terceira grande ferramenta agregada em iniciativa científica para procurar sinais de vida alienígena inteligente - Crédito: CSIRO

O telescópio do observatório Parkes, na Austrália, é o mais novo dos equipamentos agregados a projeto de estudo científico comandado pelo atrofísico inglês Stephen Hawking para pesquisar possíveis sons e imagens emitidos por milhões de estrelas da Via Láctea e 100 galáxias mais próximas da Terra. O projeto tem dotação orçamentária de US$ 100 milhões e mira vestígios de vida alienígena. 

Hawking detalhou que o equipamento australiano se junta agora a dois telescópios norte-americanos, que compõem o Breakthrough Listen (Escuta Inovadora ou "orelhas da Terra"), integrado ao Breakthrough Initiatives (Incitativas Inovadoras)."Acreditamos que a vida surgiu na Terra de forma espontânea, por isso, no universo infinito deve existir outros casos de vida inteligente”, afirmou Stephen Hawking na Royal Society (A Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do Conhecimento Natural), ao anunciar os lançamento do "orelhas da planeta".  

"Lá, em algum lugar do espaço, deve existir alguma vida extraterrestre inteligente que enxerga as luzes da nossa civilização e entende o que elas significam. Ou, quem sabe estas luzes vagueiem o espaço perpétuo, enquanto sinalizadores invisíveis anunciam que aqui, nesta mesma rocha, o universo descobriu sua existência? De qualquer modo, a pergunta não poderia ser melhor. Chegou a hora de buscar respostas sobre existência de vida além da Terra. O Breakthrough Initiatives vai assumir este compromisso. Estamos vivos. Somos inteligentes. Temos que saber”, destacou Stephen Hawking. 

Telescópios dos EUA
Os dois telescópios norte-americanos, que também contribuirão para a pesquisa, são o radiotelescópio do observatório de Green Bank, na Virgínia Ocidental, e o Descobridor Automatizado de Planetas (Automated Planet Finder) do observatório Lick, na Califórnia do Norte.  "A adesão do observatório Parkes ao projeto é um momento histórico”, afirmou Yuri Milner, bilionário e co-idealizador da iniciativa. 

' Orelhas da planeta'
"Estas grandes ferramentas são as orelhas do nosso planeta, e, neste momento, elas estão posicionadas para escutar as outras civilizações”, antecipou. Nesta semana , os cientistas direcionaram o telescópio Parkes para a constelação do Centauro, mais especificamente à anã vermelha Proxima Centauri, para realizar suas primeiras observações no contexto do Breakthrough Listen. 

“Proxima Centauri é a estrela mais perto do Sol e está apenas a uma distância de 4,22 anos-luz da Terra. Em agosto, os astrônomos revelaram o descobrimento de um planeta de tamanho igual ao da Terra, que orbita na zona habitável da Proxima Centauri, na mesma zona onde há a possibilidade de existência de água na forma líquida na superfície do planeta”, conforme o portal Space.com.

O planeta chamado de Próxima B faz movimento de translação em torno de sua estrela anfitriã, Proxima Centauri, em 11 dias, e é considerado inabitável até então. A expectativa é de que nos próximos dez anos, o projeto Breakthrough Listen (orelhas do planeta) utilize os 100 milhões de dólares na tentativa de descobrir quaisquer vestígios da vida extraterrestre inteligente. O maior radiotelescópio do mundo, novo aparelho chinês chamado de Radiotelescópio Esférico de 500 metros de Abertura (Aperture Spherical Radio Telescope) chinês, vai ser agregado aos equipamentos do Breakthrough Listen.

Com informações do portal Space.com. e da agência de notícias Sputinik