Pesquisa aponta que idosos usam menos remédio onde a maconha é legalizada

Autor: Da Redação,
sábado, 09/07/2016
Adolescente foi apreendido sob posse de certa quantia de maconha. Foto: Reuters/Blair Gable/Imagem ilustrativa

Uma pesquisa aponta que pessoas com idade avançada consomem menos medicamentos em países onde a maconha medicinal é legalizada. O estudo realizado pela Universidade da Geórgia focou em números do sistema público de saúde e constatou o impacto que a cannabis sativa teve em relação ao uso de medicamentos caros no tratamento de doenças graves. 

Cientistas avaliaram nove quadros em que a maconha pode ser recomendada como tratamento como nos casos da ansiedade, depressão, glaucoma, náuseas, dor, convulsões, distúrbios de sono e espasticidade (rigidez muscular).

A grande surpresa foi que o número de remédios convencionais receitados para oito destas doenças caiu em todos os estados em que a maconha medicinal foi legalizada até 2013. A única exceção foi o glaucoma.

No entanto, não dá para ter certeza que todos os idosos substituíram os remédios por maconha. Contudo, para as doenças que não podem ser tratadas com maconha, nada mudou. O número de receitas para anticoagulantes, por exemplo, não foi afetado.

Nos estados onde a droga foi legalizada também houve redução da prescrição de medicamentos. Em 2013 foram receitadas 1.800 doses a menos de analgésicos que os estados onde ela ainda é proibida.

Foto por Reprodução

TAPA NA PANTERA - Não há como não relacionar o estudo ao vídeo viral Tapa na Pantera. O curta-metragem brasileiro de ficção produzido em 2006 conta, de forma humorística, a história de uma idosa usuária de maconha há trinta anos e que fala sobre suas experiências com a droga. É protagonizado pela atriz Maria Alice Vergueiro e dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes.

LEGALIZAÇÃO NO BRASIL – No ano passado entrou em discussão a discriminalização do porte de maconha no Brasil. Em novembro, a Justiça liberou o uso dos princípios ativos da cannabis sativa – para uso medicinal. A Justiça destacou que não liberou o uso da droga, mas das substâncias THC (TETRAHIDROCANNABINOL) e CDB (CANNABIDIOL), para uso medicinal e científico e explicou o motivo, disse que se trata de uma questão de saúde, não se pode esperar, pois, a demora pode levar riscos aos pacientes. A permissão é válida mediante apresentação de prescrição médica e assinatura de termo de esclarecimento e responsabilidade pelo paciente.

MARCHA DA MACONHA - Neste ano, vários movimentos ativistas se mobilizaram em vários estados pedindo a legalização da maconha no Brasil. O coletivo defende que a legalização terminará com a guerra ao combate às drogas.