Uma equipe de físicos australianos criou um programa de inteligência artificial, para servir como assistente de pesquisas relacionadas à mecânica quântica. O programa rapidamente tomou o controle do experimento, chegando até mesmo a aprimorá-lo.
Os cientistas desejavam recriar o experimento vencedor do Prêmio Nobel de Física de 2001, o qual se baseava em um gás com temperatura próxima ao Zero Absoluto (-273,15ºC) preso entre dois raios laser, conhecido como condensado de Bose-Einstein.
Durante o experimento, 40 milhões de átomos foram presos entre a intersecção dos raios laser. A equipe então fez uso de campos magnéticos para reduzir a temperatura das partículas para cerca de um milionésimo a mais do que o Zero Absoluto.
Os pesquisadores utilizaram a inteligência artificial para controlar os lasers durante o resfriamento, ajustando a potência dos raios minuciosamente para expulsar os átomos mais energéticos sem perder os mais frios. O software de inteligência artificial foi capaz de realizar o processo dez vezes mais rápido do que um software comum faria.
As conclusões obtidas com tais experimentos podem ser aplicadas à exploração mineral ou à sistemas de navegação que são extremamente sensíveis a distúrbios e que precisem de cálculos precisos, tais como análises de pequenas mudanças no campo magnético da Terra ou em sua gravidade.
Por enquanto, os especialistas afirmam que a nova técnica trará origem a experimentos maiores e melhores. A pesquisa, intitulada Fast machine-learning online optimization of ultra-cold-atom experiments foi publicada na revista científica Scientific Reports.