O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que causou a morte de um motorista de aplicativo no mês passado. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público.
O desembargador João Augusto Garcia justificou que a medida é necessária para garantir a ordem pública, preservar a investigação e evitar a "reiteração delitiva". Ele mandou expedir o mandado de prisão com urgência. A fiança que o empresário já pagou não será devolvida.
A decisão alerta para o risco de "manipulação de provas". O desembargador afirma que uma das testemunhas mudou a versão após ter contato com o empresário. Também destaca que ele não foi encontrado no hospital onde disse à Polícia que estaria ao deixar o local do acidente.
O histórico do empresário também pesou na decisão. O desembargador destaca que ele havia recuperado a permissão para dirigir dias antes do acidente, após a suspensão do registro por multas de excesso de velocidade.
"Em havendo indicativos de que, mesmo instado por pessoas a não dirigir, por seu estado (indicado ainda pelo frentista Reinaldo, que viu o réu sair cambaleando), fazem crer na possibilidade de reiteração em descumprimento de normas, devendo o poder judiciário estar atento quanto ao resguardo da ordem pública, prevalecendo, nesse momento, o interesse coletivo, em detrimento do individual", diz um trecho da decisão.
COM A PALAVRA, OS CRIMINALISTAS JONAS MARZAGÃO E ELISEU SOARES DE CAMARGO, ADVOGADOS DE DEFESA
A reportagem doEstadãopediu manifestação da defesa de Fernando Sastre. O espaço está aberto.