Pesquisadores de Cambridge descobrem corpos massacrados há 10 mil anos

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 21/01/2016
A caveira foi encontrada com restos parciais de 27 pessoas, incluindo pelo menos 8 mulheres e seis crianças . Foto -  independent.co.uk

Dos ossos de 27 indivíduos encontrados pelos pesquisadores, incluindo oito mulheres e seis crianças, dez exibiam claros sinais de morte violenta e dolorosa, incluindo caveiras esmagadas por clavas, além de joelhos, braços e costelas quebradas. Seis deles sofreram ferimentos de objetos pontudos como flechas, enquanto outros possuíam restos de pedra alojados nas caveiras e peitos.

A descoberta, reportada pela revista Nature, sugestiona que as vítimas eram parte de uma grande família, a qual foi emboscada por um grupo rival. Os materiais usados nas pontas das flechas são raros em Nataruk, indicando que os assassinos provavelmente não eram da região.

Isso pode soar como um ato de barbaridade medieval, ou até mesmo uma atrocidade ocorrida na Síria atual. Entretanto,este ato de matança indiscriminada data de 10 mil anos atrás, e pode representar a mais antiga evidência de guerra da humanidade.

Os cientistas britânicos responsáveis pelo achado acreditam que a natureza e severidade dos ferimentos indica que os seres humanos pré-históricos já entravam em guerra milênios antes de seus decentes descobrirem violência em larga escala como meio de conquistar territórios e resolver disputas. A descoberta aumentou em 4 mil anos o período no qual ocorreram guerras.

O professor Robert Foley, coautor do estudo, afirmou: "Não tenho dúvida de que ser violento e agressivo está na nossa biologia, assim como ser carinhoso e amável. Muito do que entendemos da evolução humana sugere que eles são dois lados da mesma moeda."

Fonte: independent.co.uk