Pastor afirma que algumas crianças têm culpa de serem abusadas

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 01/05/2024
Pastor afirma que algumas crianças têm culpas de serem abusadas

Um vídeo compartilhado na última terça-feira (30) causou indignação na internet. Nele, o pastor Jonas Felício Pimentel, de uma igreja evangélica em Goiânia, durante um culto, afirmou que, em alguns casos, crianças vítimas de abuso sexual têm participação e culpa nos crimes.

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O pastor contava sobre o caso de uma criança de 5 anos que foi abusada sexualmente por primos e afirmou: “Existem situações em que, quando ocorre um abuso de uma criança, a criança também é culpada, porque ela deu lugar. Crianças também têm culpa, têm participação, mas não em todos os casos. Eu quero deixar isso bem claro”.

Durante a pregação, Pimentel aconselha que os pais não permitam que seus filhos durmam na casa de outras pessoas, nem mesmo de parentes, para evitar abusos. Ele defende que o lugar dos filhos é junto aos pais, a menos que “exista uma circunstância imperiosa que não permita tal coisa”.

No Brasil, estima-se que cerca de cem crianças com até 14 anos sejam vítimas de violência sexual todos os dias. Segundo um estudo realizado pela UNICEF em parceria com o Fórum de Segurança Pública, este crime representa um desafio significativo a ser combatido.

A declaração do pastor rapidamente se espalhou e revoltou os usuários da internet. Alguns chegaram a pedir uma investigação do religioso. “Apologia à pedofilia! QUE ABSURDO! ELE DEVERIA ESTAR PRESO POR ESSA FALA!”, escreveu uma mulher.

A apresentadora Xuxa Meneghel também criticou a fala do religioso. A Rainha dos Baixinhos fez uma postagem sobre a declaração do líder religioso, classificando como “repugnante”. “Suas falas dão NOJO, são repugnantes! Nesse exato momento alguns bebês, crianças e adolescentes estão sendo abusados por pessoas que se acham no direito de satisfazer seus prazeres, coisas que para as crianças, o prazer que ela conhece nunca chegará perto do que é para um adulto”, opinou.

As informações são do portal DOL e do Metrópoles