Preso é assassinado de madrugada no interior da Cadeia Pública de Arapongas

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 25/04/2016
A Cadeia Pública de Arapongas está superlotada; com capacidade para 38 presos, hoje 182 homens e 19 mulheres estão detidas na edificação (Foto: Sérgio Rodrigo)

Um detento da Cadeia Pública de Arapongas morreu asfixiado na madrugada desta segunda-feira (25). De acordo com policiais civis lotados na unidade carcerária. Cléverton de Melo, de 25 anos, apresentava marcas pelo corpo e teria sido assassinado por outros presos. Já o detentos alegam que Cléverton teria se suicidado.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana e o médico legista Narciso Marques Moure realizou exame de necropsia para apurar efetivamente se o rapaz foi morto por outros encarcerados ou praticou ato extremo. O rapaz havia sido preso por roubo no ano de 2013.

"O exame de necropsia apontou que o detento foi asfixiado por outros detentos e depois teve o corpo pendurado, em tentativa dos encarcerados de simular um suicídio, o que não é verdade", afirmou o médico legista.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a autoria do homicídio e responsabilizar penalmente os responsáveis.

SUPERLOTAÇÃO
Investigadores acrescentaram que a Cadeia Pública de Arapongas está superlotada. De acordo com policiais civis, a capacidade da unidade carcerária (construída na década de 60) é para 36 presos, mas hoje 182 homens e 19 mulheres estão detidas na edificação, situada na Rua Tucanos, no centro da cidade. 

CONSEG COBRA MELHORIAS

Recentemente o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Arapongas, major Edwayne Aparecido Areano Arduin, realizou vistoria na cadeia pública do município. Objetivo é expor o grave problema da unidade e cobrar medidas do Estado.

A atual gestão, assim como os órgãos de segurança, reivindicam a instalação de um Centro de Detenção Provisória (CDP) em Arapongas. O terreno foi doado para o Estado na gestão anterior e o projeto já foi concluído, no entanto, até o momento a obra não saiu do papel.