A circulação de um vírus mais forte tem gerado preocupação. O chefe da 16ªRegional de Saúde de Apucarana Altimar Carletto, confirmou que o novo coronavírus vem demostrando maior agressividade.
Na semana passada por exemplo, a 16ª RS apareceu em segundo e terceiro lugar entre as regiões que mais registram mortes em todo Paraná, o que gerou um alerta na saúde. "Estamos tento uma incidência bastante alta, o número de casos bastante alto. Hoje, de cada 100 testes, 70 dão positivos, antes a média, era de 35 a 40 casos positivos. Percebemos um agressividade nos casos, uma demonstração de uma maior agressividade da patologia, a gente ainda não tem certeza se é uma variante, qual variante é, mas coletamos dados e enviamos ao Laboratório Central do Estado, Lacen que está investigando o sequenciamento. Não temos certeza absoluta que tenhamos essas variantes no nosso meio. Existem uma desconfiança, essa contaminação pode ser sim das variantes que estão se espalhando. Estamos atentos, procurando entender quais seriam esses motivos, para ter aumentado o número de mortes, estamos esperando a resposta do Lacen", explica Alitimar.
Ainda de acordo com o chefe da 16ªRS, o que também tem colaborado para a gravidade dos casos é a demora no diagnósticos. "Tem tido a observação que muitos casos estão chegando na UPA, nos hospitais, em fase mais adiantada da doença. Volto a falar que nos primeiros sintomas já se deve procurar os serviços nos primeiros sintomas, para receber o acolhimento e já começar a tratar", ressalta.
O chefe da 16ºRS faz um apelo aos moradores de toda região, para que continuem seguindo as medidas para evitar a propagação da Covid-19. "Distanciamento, evitar aglomerações, o uso da máscara, higienização com álcool gel, tudo isso deve continuar sendo seguido, pois são importantes, são fundamentais para a nossa proteção", finaliza.
Cadê a máscara?
Quem anda pelo centro de Apucarana já percebeu que muitas pessoas estão 'esquecendo' de usar a máscara e colocando o item de proteção apenas para entrar nos estabelecimentos. A situação também acontece nos bairros do município.
"Fui para o centro e pensei, será que estou errada? a pandemia já acabou e não estou sabendo? várias pessoas nas calçadas, vendo as vitrines, conversando e sem máscara, até achei estranho", disse a apucaranense Sara de Oliveira.
A idosa Maria Conceição da Cruz de 66 anos precisou ir até uma loja e também se espantou com a falta do item de proteção. "Vejo que as pessoas não estão se cuidando mais como antes, parece que perderam o medo da doença", disse.
Apucarana confirmou no domingo (28), mais 35 casos de Covid-19 e soma 6.385 diagnósticos positivos da doença.