Reuniões entre representantes dos motoristas do transporte coletivo de Apucarana, da empresa concessionária, da Prefeitura e do Poder Judiciário tentam evitar a greve da categoria, marcada inicialmente para iniciar na próxima segunda-feira (6). Caso seja confirmada, a paralisação deve afetar 15 mil usuários do sistema por dia na cidade.
Nesta sexta-feira (3) à tarde, dirigentes do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Apucarana (SINCVRAAP) estiveram reunidos de forma virtual com o prefeito Junior da Femac (PSD). O encontro contou com a participação de advogados da entidade e do município, e contou com a mediação da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar).
O presidente do sindicato, Ronaldo Santana da Silva, informou que a reunião acabou sem uma solução. No entanto, ele afirmou que o prefeito Junior da Femac prometeu buscar soluções para o problema durante o final de semana. Um aumento da tarifa do transporte coletivo deve ser anunciado na semana que vem, segundo o sindicalista.
Ronaldo informa que na segunda-feira (6), às 10h30, uma nova reunião entre as partes será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O encontro vai acontecer também de forma virtual e contará com a presença de representantes da VAL – Viação Apucarana Ltda.
“Por causa dessa reunião, não vamos iniciar a paralisação mais na segunda-feira, como programado inicialmente. No entanto, o estado de greve continua, conforme aprovado em assembleia geral extraordinária. Também estamos aguardando uma nova manifestação do prefeito, o que pode ocorrer no final de semana”, informa o presidente do sindicato.
IMPASSE
A greve foi aprovada pelos motoristas na última segunda-feira (30) após divergências entre a categoria e a VAL em relação ao percentual de reajuste salarial dos trabalhadores.
A VAL propôs um aumento de 6,01% nos salários e de 36,85% no vale alimentação, fixando a remuneração em R$ 2.381,45 e o vale alimentação em R$ 130. A categoria pede 11% de reposição salarial e 153% de reajuste no vale alimentação, fixando os valores em R$ 2.491,00 e R$ 240, respetivamente. Atualmente, o salário da categoria é R$ 2.245,00 com R$ 95 de vale alimentação.
A VAL argumenta que o reajuste de 11% é inviável e afirma que a proposta de 6,01% apresentada aos trabalhadores cobre a inflação do período, que foi de 5,97%.