Projeto que permite enterro de pets em cemitérios sai de novo de pauta

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 24/06/2024
O assunto deve voltar a ser debatido nesta terça-feira (25), quando o Legislativo realiza sessão extraordinária às 14h30

Um novo pedido de vista retirou da pauta de votação da sessão ordinária da Câmara de Apucarana, nesta segunda-feira (24), o projeto de lei do vereador e presidente do Legislativo, Luciano Augusto Molina (Agir), que trata do sepultamento de animais domésticos nos cemitérios públicos do município.  O pedido de vistas foi apresentado pelo vereador Marcos da Vila Reis (PSD), que discursou contra a matéria. 

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Na semana passada, o vereador Franciley Preto Godói Poim (PSD) também pediu a retirada do projeto de pauta para analisar melhor o texto. O projeto autoriza o sepultamento de cães e gatos nos jazigos, gavetas e carneiras da própria família dona dos animais, existentes nos cemitérios públicos da cidade. A proposta vem gerando polêmica na cidade.  

O assunto deve voltar a ser debatido nesta terça-feira (25), quando o Legislativo realiza sessão extraordinária às 14h30. 

Segundo o projeto de lei, o "sepultamento destina-se aos animais de estimação da família do proprietário ou concessionário da campa, jazigo, gaveta, carneiras ou local especifico”, diz o projeto, de autoria do vereador Luciano Molina (Agir), presidente da Casa.

Segundo o texto, as disposições e regras para o sepultamento deverão ser regulamentadas pela Autarquia Municipal de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa)

“As despesas com sepultamento do animal doméstico serão de responsabilidade da família do proprietário ou concessionário, que terá que tomar todas as providências com relação ao sepultamento”, acrescenta o projeto.

CRÍTICAS

Antes de pedir vista ao projeto, Marcos da Vila Reis manifestou-se contrário à possibilidade de sepultamento de animais junto a jazigos familiares e defendeu a instalação de crematório e cemitério específicos. Segundo ele, que tem grande atuação em movimentos da Igreja Católica, animais e humanos são dois seres distintos. “O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, portanto seu corpo é sagrado”, afirmou, argumentando que, desta forma, ambos não devem ocupar o mesmo espaço depois de mortos.