"O cão ficou 2 horas dentro do balde com água", diz delegada

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 19/11/2021
"O cão ficou 2 horas dentro do balde com água", diz delegada

O cão que foi resgatado pelo Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa) e Guarda Civil Municipal (GCM) de  Apucarana, no norte do Paraná, segue se recuperando. Um idoso, de 63 anos, foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos. O homem deixou o cachorro por duas horas dentro de um balde com água e depois pendurou o cão no varal. 

De acordo com a delegada Luana Lopes, o depoimento do idoso surpreendeu. "Era uma situação de tortura contra esse animal. Durante depoimento ele contou que o animal fugia diariamente, que por isso, precisava dar banho no cão. Ele chegou a colocar o cão em um saco, depois colocou em um balde com água e deixou o cão lá por duas horas e para secar o animal e para não molhar a casa, ele resolveu pendurar no varal. O cão ficou por quinze minutos pendurado. O cão é um poodle, que já está velhinho, com 12 anos. Imagino o sofrimento que o bichinho passou", explicou.

Ainda de acordo com o delegada, o idoso foi preso em flagrante por maus-tratos, que tem pena de dois a cinco anos de prisão. "Uma situação que revolta. A pessoa que fez a denúncia encaminhou mensagens que mostraram que o suspeito criava frases como: ' caso não cumpra meus mandamentos será punido com fome, sede e pendurado de cabeça para baixo até que aprendas' 'não fugirás e não serás lavado e pendurado' 'aprenderás e não sofrerás', e ele ainda gravava toda crueldade. Podemos perceber que ele queria punir o cachorro. Um animal indefeso e que estava nitidamente e de forma consciente sendo  maltratando", disse Luana. 

O cão está no centro animal, depois da recuperação, poderá ser adotado. "Quando chegamos na casa encontramos o tutor do animal aparentemente embriagado e ele confessou que tinha feito o vídeo mostrando o animal pendurado e tirou foto do cão no balde. Ele confessou que queria punir o animal que tinha fugido. O cão está recebendo toda a assistência veterinária", finaliza Luan Guapuruvu, coordenador do centro. 

Assista a entrevista: