Realizada anualmente, a campanha Novembro Azul reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Conforme dados da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, o número de mortes é 33% maior neste ano. De janeiro a outubro, 32 moradores da região perderam a vida em decorrência da doença, contra 24 no mesmo período. O número de óbitos até outubro já supera o registrado em todo ano passado, quando o câncer fez 31 vítimas.
Dos dezessete municípios da área de abrangência da 16ª RS, os dois maiores municípios concentram maior número de óbitos. Em Apucarana, 8 homens perderam a vida por conta da doença neste ano, contra 11 morreram no mesmo período do ano passado. Já em Arapongas, 12 óbitos foram registrados neste ano, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 5 mortes. Nos demais municípios da região, Marumbi registrou 3 óbitos neste ano, e Jandaia do Sul e Cambira somaram dois registros cada.
Outras cidades da área da 16ª RS: Borrazópolis, Kaloré, Marilândia do Sul, Mauá da Serra e Rio Bom também registraram óbitos em decorrência da doença. O levantamento também aponta o perfil etário das vítimas. Dos 32 óbitos registrados neste ano, 15 envolveram pacientes com mais de 80 anos, o que equivale a 46,8%. A segunda faixa mais atingida é dos pacientes entre 70 e 79 anos, que corresponde a 37,5% dos óbitos.
Devido ao isolamento social causado pela pandemia do coronavírus, especialistas e órgãos da área médica alertam para os riscos da falta de acompanhamento médico e identificação inicial do segundo tipo de câncer mais comum entre os homens.
Segundo o oncologista Cristiano Argenti, de Apucarana, o câncer de próstata é o tipo que mais acomete os pacientes masculinos. “Só neste ano, uma pesquisa indica que 65 mil homens vão receber o diagnóstico da doença, que atinge mais os idosos. A partir dos 65 anos a chance de ter a doença aumenta”, explica.
O médico diz que o histórico familiar, obesidade e excesso de gordura corporal também são fatores de risco associados ao câncer de próstata. Para diagnosticar a doença, conforme o oncologista, são realizados os exames de toque retal, feito pelo médico, e também o de sangue, o PSA. “Quanto mais cedo e precoce for o diagnóstico, maiores as chances de cura e de sucesso no tratamento desses pacientes”, complementa.