Peixes mortos se acumulam na barragem do Lago Jaboti, em Apucarana (PR), e chamam atenção de moradores da cidade que frequentam o ponto turístico. Diversos vídeos e imagens circulam nas redes sociais, e leitores do TNOnline relatam que os animais estão sendo vistos desde o último sábado (4).
"Essa semana todos os dias que eu fui estava fedido, desde sábado", pontua a psicóloga apucaranense Giovanna Lisboa, que utiliza os arredores do lago para realizar atividades físicas. Além dela, outras pessoas também sentiram mal cheiro próximo a barragem.
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Na manhã desta sexta-feira (10), a reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), que afirmou estar ciente da situação e já tomando as medidas necessárias. Conforme o biólogo e superintendente da pasta, Udson Mikalouski, a morte dos peixes, todos da espécie tilapia, é resultado de uma série de fatores, que incluem processos naturais e ação humana.
O ocorrido seria algo recorrente desta época do ano, quando o calor excessivo aumenta a temperatura da água e, consequentemente, diminui a oxigenação. As tilapias grandes são as mais afetadas por serem uma espécie sensível e necessitarem de mais oxigênio. Mikalouski frisa que a situação não é pontual do Lago Jaboti, mas um processo natural em qualquer lago da natureza. A situação, no entanto, se agrava por se tratar de um lago artificial.
"Nós também acabamos tendo um consumo de oxigênio pela sujeira depositada no fundo do lago, a decomposição de matéria orgânica, seja ela proveniente de alimentos ou das fezes dos peixes ou até mesmo de esgoto que acaba adentrando ali", explica. O biólogo informa que a pasta realiza monitoramento reforçado da situação, mas algumas empresas ainda descartam o esgoto no lago de forma clandestina.
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A Secretaria de Meio Ambiente pontua ainda que realiza a retirada dos animais mortos diariamente, mas teve o trabalho impedido nos últimos dias pela restauração do Bosque das Aves. "A gente não retirou nem ontem (09) e ainda hoje (10) não conseguimos, porque toda a equipe da secretaria está no bosque para finalizar para a reinauguração", diz o superintendente. "Como não coletamos, acabou acumulando e a população acaba ficando um pouco mais apreensiva, mas é comum ter animais mortos todos os dias", finaliza.