Mais de 1 milhão de contribuintes caíram na malha fina do Imposto de Renda 2022, segundo dados divulgados pela Receita Federal. Nesta sexta-feira (23), o Fisco liberou a consulta ao quinto e último lote de restituição do IR. Quem tem dinheiro a restituir e não foi incluído neste lote, provavelmente está na lista e precisará corrigir os dados.
Das restituições em malha fina, segundo a Receita Federal, 811.782 declarações têm imposto a restituir - 78,6% do total. Outras 198.541 declarações (19,2% do total em malha) têm imposto a pagar, enquanto 21.956 têm saldo zero (2,1%).
Para confirmar se caiu na malha fina, o chefe da agência da Receita Federal de Apucarana, Marcelino Colombo, explica que é preciso acessar o e-CAC (Centro de Atendimento Virtual) e selecionar a opção "Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)". Na aba "processamento", o contribuinte pode escolher o item "pendências de malha", onde estarão os motivos para a declaração ter sido retida.
“No caso de erros no preenchimento das informações ou se o contribuinte esqueceu de informar algum rendimento, ele pode enviar uma declaração retificadora”, explica Marcelino. Nesses casos, o sistema processa a declaração e regulariza a situação automaticamente em poucos dias.
Em algumas situações, no entanto, é preciso apresentar documentos para comprovar a veracidade das informações enviadas na declaração. Esse procedimento pode ser feito diretamente no site, anexando a documentação comprobatória necessária, que será analisada a partir de 2 de janeiro de 2023, quando tem início o próximo ano fiscal. O contribuinte também pode agendar atendimento presencial nesses casos também a partir desta data. Após a análise e aprovação da documentação, o contribuinte receberá a restituição em lotes residuais.
O chefe da agência da Receita Federal de Apucarana afirma que o maior erro cometido nas declarações é a omissão de rendimentos. “Muitas vezes, o contribuinte inclui dependentes, mas essas pessoas têm rendimentos tributáveis que não são incluídos na prestação”, explica. Outro problema é referente às despesas médicas. Ele assinala que a Receita Federal tem um parâmetro de gastos e cobra explicações quando um teto é atingido. “Em qualquer dúvida que não é sanada pelo sistema, a pessoa pode agendar atendimento presencialmente, que receberá todas as orientações”, completa.