Um homem, de 29 anos, foi baleado na manhã desta quarta-feira (25), no Jardim Santiago em Apucarana, no norte do Paraná. Os tiros assustaram os moradores da região. A vítima teria sido atingida por engano. Equipes da Polícia Militar (PM) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foram para o local.
O homem, mesmo ferido, contou para a PM que é morador do Núcleo João Paulo, que estava andando pelo bairro, porém, quando chegou na Rua Joviniano Machado Peixoto três veículos se aproximaram e os tiros aconteceram.
Após ser atingido, o homem foi colocado dentro de um dos veículos, mas foi liberado em um terreno baldio na região da Rua Emílio Marçal Lopes. O rapaz contou para a PM, que os atiradores confundiram ele com um traficante local, por isso não concluíram o assassinato.
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O homem foi atingido por dois tiros, a princípio, no braço e perna. Ele foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital da Providência. Buscas foram realizadas pelo bairro, porém, até o momento, nenhum suspeito foi encontrado.
A polícia busca por imagens de segurança que ajudem a identificar os carros utilizados na ação.
Apucarana vive “guerra do tráfico”, admite delegado
Apucarana pode estar diante de uma “guerra do tráfico”. A afirmação é do delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, ao comentar nesta segunda-feira (23) a execução de um homem ocorrida no último sábado (21) em um posto de combustíveis nas proximidades do Estádio Olímpio Barreto, na Vila Nova. É a terceira execução do tipo registrada desde o começo do ano passado na cidade.
A violência empregada no crime do último sábado chocou a população. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem, identificado como Fidelso Rodrigues dos Santos Neto, de 30 anos, estaciona com a caminhonete Toyota Hilux para abastecer, quando pelo menos cinco homens armados chegam em um VW Jetta, com placas de Cascavel (PR) e começam a atirar. A execução ocorreu no final da tarde na frente de inúmeros clientes do posto de combustível. Nenhum foi atingido.
Segundo o delegado, a vítima era investigada por envolvimento com o tráfico de drogas. Marcus Felipe afirma que a onda de violência entre grupos que disputam pontos de vendas de drogas em Apucarana pode ter começado com a morte de Júlio César de Oliveira, de 39 anos, conhecido como Cesinha, em março de 2022. Ele foi executado a tiros em uma conveniência na Avenida Aviação, no Jardim Colonial, por quatro atiradores.
O segundo crime de repercussão ocorreu em dezembro do ano passado, quando Vanildo Augusto da Silva, mais conhecido como Jacaré, de 36 anos, foi atingido por vários tiros em uma lanchonete do Jardim Ponta Grossa. Os três crimes, segundo a polícia, foram execuções e podem ter relação, segundo as investigações feitas até agora.
“Essa disputa por pontos de drogas gera muita preocupação em Apucarana, principalmente pela forma como esses crimes estão sendo praticados, colocando em risco pessoas inocentes. A polícia está trabalhando para elucidar essas execuções ”, afirma o delegado.