O Dia dos Pais para a família do agricultor Juremir Luiz da Cunha, 59 anos, marca mais de um ano de incerteza e agonia. Conhecido como Terrinha, Juremir é morador do Distrito do Pirapó, em Apucarana (PR). Seu pai, o aposentado Vicente Luiz da Cunha, 91 anos, desapareceu ao sair de casa no dia 23 de junho de 2023.
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Vicente saiu para caminhar nas proximidades da propriedade da família e nunca mais foi visto. “Ele saia para caminhar diariamente, cheguei na casinha onde ele gosta de descansar, fui chamar para tomar café e ele não estava lá, foi quando percebi que tinha desaparecido", disse o filho.
Caminhar era um exercício frequente para o idoso. Segundo filho, quando a saúde do aposentado ainda permitia, ele fazia longas caminhadas.
“Alguns anos atrás, ele ia caminhando do Pirapó até a cidade de Apucarana. Depois, ficou um pouco mais debilitado e caminhava só por perto da nossa casa. Nós não queríamos que ele caminhasse, mas ele era teimoso", conta.
Terrinha afirma que ele e seus seis irmãos ainda esperam por respostas, embora não acredite que o idoso ainda possa estar vivo.
“Eu não tenho muita esperança de que ele esteja vivo. Mas, mesmo assim, precisamos saber o que aconteceu. Se ele morreu, que possamos ao menos sepultá-lo”, diz.
A Polícia Civil registrou o desaparecimento de Vicente e o Corpo de Bombeiros fez buscas na região, mas nenhum vestígio foi localizado até o momento.
Segundo o filho, muitas pessoas entraram em contato na época dando algumas informações, que por fim não foram confirmadas.
“Algumas pessoas entravam em contato dizendo que o viram, mas quando íamos confirmar, não se tratava dele”, conta.
Passar mais um Dia dos Pais sem a presença do idoso é, para a família, um fato muito triste.
“A gente ainda tem esperança de encontrá-lo, ou ao menos ter uma resposta sobre o paradeiro do meu pai”, diz.
Informações sobre o paradeiro de Vicente podem ser passadas pelo 181 ou 190.
Quem é o desaparecido
Nascido em 19 de julho de 1933, em Lagoa Formosa-MG, Vicente Luiz da Cunha tem 89 anos. Em seu primeiro casamento, com a dona Zilda, teve cinco filhos, que proporcionaram a ele 22 netos e 14 bisnetos. A segunda esposa, Rosimere, com quem casou em 2016, não teve filhos com ele.
Entre idas e vindas, Vicente morou em cidades do Paraná, São Paulo e Minas Gerais e trabalhou em diversos locais, nas áreas de vendas, obras, rural e como empresário. Inclusive, após a aposentadoria, há 40 anos, ele chegou a gerenciar um bar e uma lanchonete na Cidade Alta.
No estado paranaense, antes da aposentadoria, morou por muitos anos em Rio Bom, onde teve a maioria dos filhos. Se mudou para Apucarana quando se separou da primeira esposa, há cerca de 30 anos.