Um dos casos mais dramáticos ocorridos em Apucarana, em 2019, o caso da manicure Maria Helena Bispo Carvalho, de 28 anos, vai a julgamento no próximo mês, dia 23 de junho. O Juri, que estava marcado para acontecer nesta terça-feira (17), foi adiado a pedido da defesa, que faz questão que o réu esteja presente ao julgamento. Thomaz Oliveira de Mello, preso desde 2020, pela morte de Maria Helena, está preso em Santa Catarina, onde cumpre pena de 11 anos de reclusão por um outro caso, naquele estado, de tentativa de feminicídio. Como não haveria tempo de o réu ser trazido a tempo para o julgamento, o juri foi remarcado.
O caso ganhou dramaticidade porque, durante meses, familiares e amigos não tinham certeza do que havia ocorrido com Maria Helena, vista pela última vez em 11 de setembro de 2019. Ela havia desaparecido e o marido, principal suspeito, fugiu poucos dias depois. O corpo da manicure só foi encontrado oito meses depois, dentro de um poço. O local só foi revelado dois meses depois que o marido foi localizado e preso, em Santa Catarina, já morando com outra mulher.
Thomaz matou Maria Helena no dia 11 de setembro de 2019 e jogou o corpo dela em um poço, numa chácara localizada no Recanto Belvedere. Mas o crime só foi elucidado seis meses depois, quando ele foi preso, em Santa Catarina, em março de 2020. O corpo de Maria Helena só foi encontrado em maio de 2020.
Foram meses de drama familiar, enquanto os fatos não eram esclarecidos. Até então, Maria Helena era dada como desaparecida e o marido, suspeito, havia fugido. O casal morava num apartamento na região do Lago Jaboti, com duas crianças.
Thomaz foi encontrado em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Ela já estava morando com outra mulher, que passou a suspeitar dele. Uma pesquisa pela internet teria revelado a condição dele, de foragido e suspeito de homicídio, quando a mulher decidiu chamar a polícia.
Segundo as investigações do caso Maria Helena, na noite de 11 de setembro de 2019, o casal teve uma discussão e desde então, ela não mais foi vista. Imagens de segurança do prédio onde o casal vivia revelaram que, no dia 12, durante a madrugada, Thomaz saiu com seu veículo e retornou a pé. Ele teria deixado o carro na rua lateral do prédio. Ao amanhecer, o suspeito saiu com a filha de três anos e com o filho de Maria Helena, um menino de oito anos.
As gravações também revelaram que ele volta para o prédio sozinho. O que chama atenção é que, entre os dias 13 e 14, ele vende alguns móveis do apartamento. No dia 15 ele sai com duas malas e desaparece.