Depois de dois anos letivos com ensino à distância ou híbrido devido à pandemia da Covid-19, estudantes da rede estadual retornaram às aulas 100% presenciais na manhã desta segunda-feira (7), no Paraná, inclusive em Apucarana. Na região, mais de 37,6 mil alunos são esperados na volta às aulas presenciais da rede estadual na região.
No Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, que abrange 61 escolas em 16 municípios, foram efetivadas 27.238 matrículas. O número superou os 27.190 registros no ano letivo de 2021. No Paraná, o retorno vai envolver cerca de 1 milhão de alunos e 90 mil profissionais da educação, entre professores e funcionários.
Em Apucarana, de acordo com a professora Cibele Barneze, diretora do Colégio Estadual Nilo Cairo, a adesão de alunos do período da manhã nesta segunda-feira (7) foi positivo e alcançou 90%. Ou seja, dos 585 estudantes matriculados na instituição, 526 estudantes marcaram presença neste primeiro dia de aula.
"É um número significativo e expressivo. Estamos muito felizes e animados com esse retorno de aulas presenciais, principalmente por causa da interação e proximidade dos alunos com os professores. Isso é muito importante. Esperamos que esse número permaneça durante todo o ano letivo", comenta.
Durante a tarde, conforme a professora, 350 alunos estão matriculados. Já no período noturno, o colégio conta com 251 estudantes até o momento. "Algumas turmas do período da tarde estão fechadas. No entanto, o colégio conta com vagas remanescentes para os três períodos ainda. Os pais que ainda não matricularam seus filhos podem entrar em contato com pelo telefone (43) 3423-2042", esclarece.
Sobre os protocolos adotados para evitar a propagação da Covid-19 dentro do colégio, a diretora diz que são os mesmos seguidos desde o começo da pandemia. "Pedimos para que os alunos respeitem o distanciamento social, usem máscara por todo o tempo que estiverem na instituição e álcool gel, além de evitar compartilhar objetos pessoais com os colegas e amigos de classe. Os professores e funcionários estão preparados para orientar sobre essas questões durante esse retorno escolar", reforça.
A expectativa para o retorno das aulas também é positiva para o diretor Diego Favaro, do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo. Diego explica que os protocolos seguidos para evitar a propagação da Covid-19 são os mesmos estipulados pela Secretaria de Saúde do Paraná. "Medimos a temperatura dos alunos na entrada do colégio, além disso é obrigatório o uso contínuo de máscara de proteção individual e higienização das mãos com álcool gel, além do distanciamento social", explica.
Sobre os alunos matriculados na instituição, segundo Diego, são 1600 nos períodos da manhã e tarde, sendo 800 alunos em cada turno, além de 500 estudantes no período noturno. "Não sabemos quantos alunos marcaram presença nesta segunda, mas foi grande o número de estudantes. Infelizmente, só temos vagas para o período noturno neste ano. Tem uma lista de espera enorme para as turmas da manhã", explica.
"É muito bom poder recomeçar tudo que paramos quando a pandemia da covid iniciou. Ano passado ainda tínhamos a modalidade presencial, mas ainda não 100%, com alunos com comorbidades assistindo às aulas online. Esperamos que 2022 seja de muito trabalho e de muita produtividade", espera.
Assim como os professores, os estudantes também estão entusiasmados com a volta das aulas presenciais. O adolescente Eduardo Rocha Barbosa, de 18 anos, acredita que será uma oportunidade de mais aprendizado estar no colégio. "Acho legal esse retorno, já que temos a possibilidade de aprender mais estando com o professor presencialmente. Além disso, a vacina nos deixa mais seguros para enfrentar essa nova etapa", acredita.
A estudante Loana Carolina de Oliveira, de 16 anos, também acredita que o retorno das aulas presenciais será de mais estudos e dedicação. "Muito legal poder voltar reencontrar os amigos e fazer novas amizades. Estudar aqui é muito melhor. Em casa tinha problemas com internet ou sempre algo me tirava do foco, como TV e celular. Além do mais, estamos vacinados e protegidos", comenta.
Matéria escrita por Fernanda Neme.