Congresso de Síndrome de Down reuniu 33 cidades e 4 estados

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 04/12/2024
No Congresso de Síndrome de Down foram debatidos temas que tiveram como norte o relatório da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira da Inclusão (LBI)

O I Congresso Paranaense de Síndrome de Down, realizado em Apucarana, no campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), de 22 a 24 de novembro, reuniu mais de 250 pessoas de 33 cidades, de quatro estados. Já considerado um marco histórico na luta em defesa dos direitos das pessoas com a trissomia do 21 (T21), especialmente nas áreas de educação, saúde e mercado de trabalho, o evento deve ganhar uma nova edição, no ano que vem.

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“Podemos afirmar, seguramente, que o evento foi um sucesso. Alcançamos as metas de inscrições, a organização - toda feita por nossa equipe - deu conta das demandas e, principalmente, tivemos momentos marcantes de aprendizagem, de trocas de experiências, nas palestras, nos minicursos e nos encontros informais que ocorreram durante o evento”, diz a coordenadora geral do congresso, Liana Lopes Bassi, que é presidente da FEPASD (Federação Paranaense de Associações de Síndrome de Down) e diretora da Associação Download, de Apucarana, entidade anfitriã do evento.

No Congresso de Síndrome de Down foram debatidos temas que tiveram como norte o relatório da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira da Inclusão (LBI) e destacou-se a importância dos movimentos associativos para que essas leis se tornem realidade. Palestrantes reconhecidos por seus trabalhos em nível nacional apresentaram argumentos sobre a importância da inclusão na escola regular comum, a necessidade do estabelecimento de fluxos na área da saúde, perspectivas dos estudos científicos sobre cognição das pessoas com síndrome de Down, além de minicursos sobre sexualidade, prevenção de abuso e violência sexual, produção de textos em linguagem simples, cuidados odontológicos e de saúde, entre outros.

Outro marco importante foi o encontro de autodefensores e jovens com síndrome de Down que aconteceu paralelamente e reuniu 40 jovens e adultos acima de 16 anos que contribuíram desde a elaboração do programa até a execução. A Autodefensoria é um projeto em que as pessoas com síndrome de Down se reúnem mensalmente para aprender e debater sobre os seus direitos e temas variados, tendo como centro a sua condição de cidadão. E para celebrar esse encontro de jovens de todas as regiões do estado em clima de festa e animação, na noite de sábado houve um show de talentos e a tão esperada BalaDown.

Liana avalia que um dos momentos que permitem uma avaliação positiva do evento e da satisfação dos participantes com o que aconteceu em Apucarana foi o clima criado informalmente no encerramento. Na plenária final do Congresso, na manhã do domingo (24), os participantes começaram a cobrar quando e onde seria realizada uma segunda edição. Rapidamente decidiu-se que o assunto seria levado à próxima reunião ordinária da diretoria da FEPASD, ainda em dezembro, quando deve ocorrer uma avaliação final do evento, com a devida prestação de contas, e uma possível deliberação sobre a realização da segunda edição do congresso, para 2025. Ainda na plenária de encerramento, pelo menos quatro associações apresentaram informalmente a candidatura para ser sede de uma nova edição: Curitiba, Foz do Iguaçu, Campo Mourão e Castro.

O I Congresso Paranaense de Síndrome de Down, em Apucarana, foi realizado pela FEPASD, Download e Prefeitura de Apucarana, com apoio da Universidade Federal Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Apucarana; da Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down (FBASD); da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana; Faculdade de Apucarana (FAP) e do Ambulatório de Síndrome de Down do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal do Paraná, de Curitiba. O evento ainda teve o patrocínio da Itaipu Binacional. “Precisamos reconhecer a importância de cada um de nossos parceiros como realizadores, das instituições apoiadoras e do nosso patrocinador. Sem isso esse evento não teria sido possível. Nossa gratidão a cada um deles”, diz Fabíola de Lucena Godoi Acosta, da Associação Download.

O prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Júnior, o Júnior da Femac, ainda na abertura do congresso, disse que o evento era motivo de orgulho para a gestão e para a cidade. “O congresso proporciona uma atualização valiosa para profissionais que atuam com pessoas com deficiência e será também um momento para troca de experiências e de socialização. É um orgulho para Apucarana sediar esse primeiro congresso, pois vem ao encontro de tudo o que fizemos na área da inclusão”, ressaltou o prefeito.

O I Congresso Paranaense de Associações de Síndrome de Down recebeu inscrições das cidades de Apucarana, Altônia, Arapongas, Cambé, Campina da Lagoa, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Colombo, Coronel Vivida, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Iporã, Londrina, Maringá, Medianeira, Perobal, Ponta Grossa, São Miguel do Iguaçu, Toledo e União da Vitória. Ainda teve inscritos do Estado de São Paulo: Santos, Avaré e Cosmópolis; do Rio Grande do Sul: de Porto Alegre; do Distrito Federal: Brasília e Samambaia.

Mais informações sobre o I Congresso Paranaense de Síndrome de Down, realizado em Apucarana, de 22 a 24 de novembro, podem ser obtidas no site da Associação Download, de Apucarana (www.download21.org.br) e no perfil da FEPASD no Instagram e no Facebook: @paranadown. 

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