A pouco mais de três meses de a bola rolar no Catar, a Copa do Mundo ainda não chegou à indústria de confecções de Apucarana. A maioria das fábricas do polo do município ainda conversa com clientes e fornecedores no fechamento de pedidos antes de iniciar a produção de bonés, camisetas, bolsas e mochilas, entre outros brindes temáticos da competição. A reportagem conversou com representantes do setor, que assinalam que iniciaram alguns contatos, mas apenas poucas empresas já começaram a produzir algumas peças.
O Brasil estreia na Copa do Mundo em 24 de novembro, quando enfrenta a Sérvia no Estádio Nacional de Lusail, no Catar. Na semana passada, a fornecedora de material esportivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a camisa oficial da Seleção para o torneio. O tradicional álbum de figurinhas também já foi colocado à venda e muitas empresas estão dando o pontapé inicial de suas campanhas de marketing.
“Algumas fábricas de Apucarana estão fazendo amostras e apresentando projetos. As negociações com os clientes começaram, mas a Copa do Mundo ainda não está movimentando o setor. Poucas empresas começaram a fazer alguma coisa”, afirma a empresária Elizabete Ardigo, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale).
Segundo ela, a falta de mão de obra no setor é um fator que breca a empolgação das empresas da cidade em correr atrás de pedidos e aumentar a produção, inclusive com a Copa do Mundo. “Temos pelo menos 800 vagas disponíveis, mas falta gente para trabalhar”, afirma Elizabete.
Ela afirma que representantes do sindicato e do setor estão mantendo reuniões na Prefeitura em busca de apoio. A intenção é abrir ainda mais turmas de qualificação para profissionais.
A reportagem conversou com outros empresários do setor, que confirmam que as negociações estão em andamento, com apresentação de projetos, modelos e amostras para os clientes. No entanto, poucos negócios foram fechados até agora. A expectativa é assinar contratos no período mais próximo ao início do mundial.“Estamos vivendo um apagão de mão de obra. É algo muito sério. Muitas empresas estão abrindo mão de pedidos e isso, certamente, vai acontecer com potenciais clientes para produtos relacionados à Copa do Mundo”
- Elizabete Ardigo,, presidente do Sivale