Carteiros de Apucarana realizaram uma assembleia de indicação de greve na tarde desta quarta-feira (14), no Centro de Distribuição dos Correios da cidade. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho e novas contratações.
Há semanas o problema de demora nas entregas vem se arrastando na cidade, gerando muitas reclamações de clientes e até situações mais graves, como um desacato a um funcionário, caso em que a Polícia Militar precisou ser acionada. No último dia 08 de julho, os Correios emitiram uma nota, lamentando os transtornos.
Em fevereiro, 11 carteiros de Apucarana aderiram ao Planos de Demissão Voluntária (PDV) e deixaram de trabalhar. Com isso o efetivo diminuiu.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sinticom) Elizabete Ortiz, os trabalhadores de Apucarana buscam apoio do município através da Câmara de Vereadores e Prefeitura para realizar as solicitações para a empresa. "A situação vivida por estes trabalhadores é gritante pela falta de efetivo e sobrecarga de trabalho. São 14 carteiros para atender a uma cidade inteira, com correspondências paradas há quase um mês. Reivindicamos a organização da empresa, dentro do CDD de Apucarana, e contamos com o apoio do município, para que entre conosco para esta solicitação junto à empresa", disse a sindicalista.
Elizabete afirma que os carteiros da cidade não conseguem cumprir a demanda de 300 a 400 entregas de objetos por dia para cada profissional, o que tem gerado ameaças e até agressões contra os profissionais. "Nossos profissionais sofrem agressões verbais diariamente e já registramos casos de clientes insatisfeitos com a demora nas entregas que já chegaram quase a agressões físicas", contou.
Segundo a sindicalista, se a empresa não atender as solicitações da categoria, os Correios vão parar em Apucarana, por tempo indeterminado, a partir desta sexta-feira (16), até que se resolva o problema.