A Câmara de Apucarana aprovou nesta quarta-feira (16), em primeira votação, projeto de lei que determina a criação de de vagas de estacionamento de “carga e descarga” destinadas para motocicletas na área central. A proposta é do vereador Luciano Facchiano (PSB) e visa atender ao crescente número de profissionais que atuam no serviço de delivery de alimentos e de mercadorias em geral.
“Fui procurado por muitos motociclistas, que relataram a dificuldade de estacionar no centro para fazer entregas ou pegar mercadorias. Com a pandemia de covid-19, o número de pessoas que trabalham nessa área aumentou muito. Por isso, a necessidade de regulamentar o estacionamento”, afirmou Luciano Facchiano.
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Segundo ele, muitos motociclistas precisam dar voltas até conseguir estacionar no local indicado para a entrega. Conforme o vereador, o problema ocorre em todo centro, principalmente na Rua Oswaldo Cruz, que concentra um grande número de estabelecimentos ligados à área de alimentação.
Conforme o projeto de lei, que precisará passar ainda por uma segunda votação, caberá ao ao Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) a definição das zonas de operação de “carga e descarga” para motocicletas.
O vereador Marcos da Vila Reis (PSD) ponderou que é importante que o Idepplan não retire nenhuma vaga já existente, mas que procure uma forma de abrir espaço dentro da área central para os motociclistas que atuam no setor de delivery. “Acredito que os responsáveis pelo trânsito vão ter que fazer um estudo junto aos próprios motoboys. Eles poderão apontar os lugares mais necessários para que essas vagas sejam regulamentadas”, disse o vereador.
Moisés Tavares (Cidadania) elogiou o projeto, mas observou que é importante também um trabalho de conscientização com esses motociclistas que atuam com entregas na cidade, já que há episódios de desrespeito no trânsito. “É comum assistir entregadores ‘rasgando’ a quadra para poder parar na frente de um condomínio ou no comércio, deixando a moto ligada, para fazer a entrega. Então, é preciso um trabalho da conscientização e cultura também com os entregadores”, assinalou.