O Sargento Carmo do 11º Grupamento de Bombeiros de Apucarana (PR) é um dos 32 bombeiros que o Paraná enviou para auxiliar nos resgates das vítimas das enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. O sargento relata os desafios enfrentados no resgate das vítimas, descrevendo a situação como caótica.
Subiu para 56 o número de pessoas mortas por conta das chuvas históricas que atingem o estado desde domingo (28.abr.2024). Os dados foram atualizados às 9h e estão no boletim divulgado neste sábado (4) pela Defesa Civil do Estado.
Os bombeiros estão na cidade de Eldorado, próxima a Porto Alegre. Eles chegaram na cidade por volta das 2 horas da madrugada. "Foi muita dificuldade para chegar aqui na cidade e também, para acessar a cidade, várias vias de acesso totalmente alagadas. Chegamos aqui no local, e a situação é bem caótica, boa parte das residências submersas, ou pelo menos dois terços da residência, embaixo d'água, e o trabalho é de formiguinha," relatou o sargento.
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Sargento Carmo explicou que a área em que estão, segundo moradores, nunca alagou, então não imaginavam que a água ia subir tanto e acabaram sendo surpreendidos pelo volume de água.
"Temos vários órgãos trabalhando no local. Chegamos de madrugada com chuva e não paramos de trabalhar até agora. Ontem ficamos o dia todo em outras cidades aqui da região, já trabalhamos em São Cristóvão, em São Leopoldo. Tentamos acessar ontem a cidade de Triunfo, a manhã toda rodamos aqui por várias vias, inclusive vias rurais, e não conseguimos acessar, é totalmente inacessível aqui da região para onde estamos," disse.
Conforme ele, há vários órgãos trabalhando no local, várias aeronaves, porque várias áreas não têm acesso pela terra. Então tem vários órgãos atuando para fazer a retirada das pessoas. "É um trabalho que está longe de acabar ainda porque a chuva não cessa, e quando cessa aqui na região acaba que chove na cabeceira do rio ou em outras cidades aqui, e as águas não baixam, pelo contrário, as águas estão cada vez subindo mais," continuou.
O Paraná foi com o efetivo de 32 militares, com a aeronave, e várias embarcações, muitas caminhonetes, "O trabalho feito aqui é muito importante, a ajuda humanitária aqui também é essencial, várias pessoas distribuindo alimento, roupas, mantimentos para as famílias, que saíram de suas residências, atuando nos abrigos, encaminhando essas pessoas para um local seguro, e os trabalhos continuam indo no decorrer do dia de hoje," finalizou.