Um grupo de comerciantes e moradores do Bairro 28 de Janeiro e de outros pontos da área central de Apucarana (PR) esteve reunido na tarde desta quinta-feira (27) no gabinete do presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Augusto Molina Ferreira (PL). Eles foram pedir auxílio do Legislativo para solução do problema de moradores de rua que, conforme alegam, têm causado muitos transtornos à população, especialmente no que diz respeito a furtos e assaltos a residências, inclusive com agressões às pessoas, como ocorreu com uma idosa de 83 anos no último sábado (22).
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Também participaram da reunião os vereadores Moisés Tavares Domingos (Cidadania) e Lucas Ortiz Leugi (PP). A princípio, o que ficou decidido é que a Câmara de Apucarana deverá promover uma audiência pública para discutir toda esta situação, com a participação de representantes da sociedade civil, do Ministério Público, dos organismos de segurança pública (Polícia Militar, Polícia Civil e Garda Civil Militar) e da Prefeitura Municipal, através das secretarias de segurança, assistência social e saúde, entre outros setores.
Conforme Molina, há um questionamento sobre o que é possível fazer em relação a esses andarilhos, embora se trate de uma questão social e, pela Constituição Federal, todo cidadão tem o direito de ir e vir. Ele salienta que não se pode generalizar a situação, porque nem todas as pessoas em situação de rua são bandidos. E quando ocorrem furtos ou assaltos, cabe aos organismos de segurança pública tomar as providências cabíveis.
A veterinária Raquel Scaff considerou a reunião positiva. “Cada um falou da sua realidade e traçamos alguns objetivos para debater nesta audiência pública, visando cobrar realmente uma posição da prefeitura sobre esse problema”, afirmou. Ela é sobrinha da idosa agredida por um morador de rua. Ele foi preso e identificado pela vítima na terça-feira (27).
A proposta do presidente da Câmara é tratar questões polémicas sempre com discussão em audiências públicas, como ocorreu recentemente em relação ao uso de som em bares, lanchonetes e similares. Para Molina, é importante que a sociedade apucaranense dê sugestões e participe das principais decisões do município.