Filha que teve pai assassinado em Apucarana cobra respostas e justiça

Autor: Da Redação,
terça-feira, 14/01/2020
Filha que teve pai assassinado em Apucarana cobra respostas e justiça

Após quatro meses sem respostas, a filha única de Nelson Flores, que foi assassinado no ano passado, procura por justiça. A jovem por medo, prefere não se identificar, mas contou o drama que a família vive.

"Pegaram meu pai, amarram uma pedra e jogaram ele como se ele fosse um lixo. Tudo isso me atormenta a quatro meses. Não consigo esquecer quando eu tive que ir no Instituto Médico Legal, para reconhecer o corpo dele. Meu pai morava comigo. Eu sinto muito muito a falta dele," emocionada disse a jovem. 

Nelson Flores de 48 anos foi assassinado no dia 13 de setembro de 2019. O corpo dele foi jogado na Represa do Schmidt, na região do Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti.

"O corpo dele estava muito machucado, facada no braço, na cabeça, o corpo com ferimentos, a gente fica imaginando o que aconteceu, não temos respostas. Nada justifica uma morte com essa crueldade. os assassinos não acabaram só com a vida do meu pai, acabaram com a minha vida, das minhas tias, da minha família," enfatiza. 

O delegado de Apucarana Marcus Felipe, informou que a polícia investiga o caso, e busca informações. "Todos os crimes contra a vida são prioridades, estamos investigando, existem casos e casos, estamos trabalhando para identificar os autores, para descobrir a motivação," detalha. 

Ainda de acordo com o delegado, em todo ano passado, aconteceram 16 assassinatos em Apucarana. 12 casos já foram esclarecidos. 

A morte de Nelson faz parte dos casos que ainda precisam de uma explicação. Ele era dependente químico e morava na região Núcleo Habitacional Parigot de Souza. O que chama atenção, é que o corpo dele foi encontrado do outro lado da cidade.

A filha pede por justiça e tenta aos poucos seguir a vida. O nome do pai, foi tatuado na pele, em forma de homagem.  "Eu preciso de remédios, minha vida mudou. Ele tinha os problemas dele, mas todos aqui do bairro conheciam o Nelsão, o Nelsinho pintor. Meu pai era uma pessoa muito boa. Nossa relação era muito boa, ele sempre fazia questão de falar da filha do neto. Ele faz falta, muita falta. Espero que a polícia descubra logo quem matou ele. Que a justiça seja feita," finaliza a jovem.