A partir deste ano, acordar uma hora mais cedo para ir à escola ou ao trabalho e aproveitar as tardes mais longas para prática de caminhadas e outras atividades no final do dia, acabou. O horário de verão, adotado pela primeira vez em 1931 e em vigor, sem interrupção, por 35 anos, teve seu fim determinado neste ano, em 25 de abril, por um decreto assinado pelo presidente da república Jair Bolsonaro (PSL). A decisão divide opiniões em Apucarana.
A vendedora Maiara Geske, por exemplo, não gostou da mudança. “Com o horário de verão, dava tempo de aproveitar melhor o dia, saía do trabalho e ainda conseguia fazer várias coisas em casa. Eu não gostei de ter acabado”, disse.
Já a pensionista Joana de Lima, aprovou a mudança. “Eu não gostava de ter que acordar mais cedo todo dia para levar os filhos para a escola. Prefiro o horário normal como está mesmo”, conta.
Há também aqueles indiferentes a mudança. É o caso do operador de empilhadeira Eduardo Carvalho. “Para mim não faz diferença, com dia mais longo ou mais curto, não muda nada na minha vida, tanta faz”, afirma.
A autônoma Silvana Lopes conta que gostava de fazer caminhadas durante as tardes do horário de verão e desaprova a mudança. “Era muito bom ter sol até mais tarde, o dia rendia mais e ainda aproveitava para minhas caminhadas. Agora tem que se adaptar né”, reclama.
Já o empresário Alex Adenis classifica a mudança como acertada. “Eu acho muito melhor assim, pra mim eram dois trabalhos: primeiro acostumar com a mudança do horário, e depois desacostumar de novo. Sem contar que a finalidade para a qual esse horário foi criado já não servia mais, acho que tinha que acabar mesmo”, pondera.
Se ainda estivesse vigorando, o horário de verão entraria em vigor no próximo final de semana e seria encerrado no terceiro fim de semana de fevereiro. Implementado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, a medida foi adotada inicialmente para não sobrecarregar o sistema elétrico e gerar economia, mas o padrão de consumo de energia do brasileiro mudou e essa ação já não era mais efetiva, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia.