Ofertados desde 2011 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os implantes dentários representam um grande avanço no tratamento ortodôntico oferecido pela rede pública. Até pouco tempo atrás, os serviços ofertados eram rudimentares. Hoje, os pacientes têm acesso a praticamente todos os procedimentos pelo SUS.
Esse avanço é reflexo do programa Brasil Sorridente, que mudou o panorama de Saúde Bucal no Brasil. Segundo levantamento recente do Ministério da Saúde, pelo menos 35% da população brasileira têm alguma disfunção e precisa de tratamento ortodôntico.
Nos últimos quatro anos, Apucarana tornou-se referência quando o assunto é implante dentário. Desde 2013, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do município realizou 19.528 implantes em 4.857 pacientes. Segundo levantamento feito pela Tribuna junto ao portal DataSus, Apucarana lidera o ranking nacional desse tipo de procedimento.
Apenas de janeiro a abril deste ano foram realizados 2.901 implantes, o que corresponde a 42% dos procedimentos realizados em todo território nacional, que foram 6.894. Já no Paraná, o número representa 84% dos 3.442 procedimentos. São números impressionantes.
Hoje, o Centro de Especialidades Odontológicas é procurado por pacientes de várias cidades da região. O CEO de Apucarana oferta o serviço para a 22ª Regional de Saúde (RS) de Ivaiporã, além dos municípios da 16ª RS de Apucarana.
Na última sexta-feira, o prefeito Beto Preto (PSD), que também preside a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), apresentou o serviço aos prefeitos da entidade. O objetivo é atender a todos os municípios da região, ampliando o número de procedimentos realizados.
O tratamento odontológico pela rede pública representa um avanço incontestável. A população mais simples também está tendo acesso a esse tipo de procedimento, antes restrito ao setor privado. Hoje, o implante de um dente não sai por menos de R$ 2 mil.
Esse tipo de serviço devolve a autoestima a população atendida. É algo fantástico, e Apucarana é exemplo. É claro que o SUS precisa evoluir ainda muito, principalmente no atendimento médico da população, que ainda é problemático, com longas filas de espera por consultas e exames. No entanto, constatar melhorias em meio a esse contexto de dificuldades serve de alento.