Religioso contabiliza "20 mil almas encomendadas para Deus" durante 35 anos

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 16/06/2017
Com 78 anos, diácono José Marcato afirma que já

O significado social da manifestação religiosa acerca de encomendar, ou recomendar as almas, aos cuidados divinos (chamada ainda de exéquias), por meio de preces e orações, com o objetivo de aliviar-lhes as penas é muito amplo. Desta forma os religiosos acreditam que almas dos falecidos alcançarão a luz celeste e o descanso. Para os que acreditam nesse preceito, as almas são alimentadas por orações, tal como o corpo, pela matéria, precisa de comida. Ao mesmo tempo seus cantares lamentosos evocam um recolhimento reflexivo. De acordo com a religião Católica, exéquias são ritos e orações com os quais a comunidade cristã acompanha seus mortos e os encomenda a Deus.  

O diácono José Marcato, de 78 anos, há 35 anos 'encomenda almas' na Capela Mortuária ou em residências dos familiares de pessoas falecidas em Apucarana, na região norte do Paraná. Ele afirma que atividade para ele é um sacerdócio dia que já "encomendou" mais de 20 mil almas para Deus.

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O diácono José Marcato, de 78 anos, há 35 anos 'encomenda almas'
para Deus - Foto: José Luiz Mendes

Ele conta que reside na cidade desde 1978 e em 1982 foi ordenado diácono. Mas a iniciativa de rezar pelas almas de falecidos nas finalizações de velórios era realizada antes disso. "O pesar das famílias fragilizadas emocionalmente pela perda do ente querido me sensibilizou e decidi dar-lhes assistência espiritual, orando pelas almas dos falecidos e falando um pouco sobre o significado da morte para os católicos. E assim faço há várias décadas", conta Marcato. 

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Para José Marcato,  as almas são alimentadas por orações
Foto: José Luiz Mendes

DESIGNAÇÃO OFICIAL
Pai de três filhos e com cinco netos,  o diácono lembra que, após alguns realizando exéquias, o então bispo Dom Domingos Grabriel Wisniewski e o padre Xisto Bobatto, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Igrejinha) e hoje em Califórnia, decidiram oficializá-lo com responsável pela atividade na Capela Mortuária Central de Apucarana. 

AVC E AFASTAMENTO
"Chamei essa obrigação para mim, como desígnio de Deus, e sinto que muitas pessoas ficam mais aliviadas do sofrimento provocado pela perda do ente querido após a alma ser encomendada para Deus", disse Marcato em sua última entrevista. Alguns dias após conceder essa entrevista, o diácono José Marcato sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que lehe afetou a fala. Por conta da enfermidade, ele parou de 'encomendar almas' e foi substituído na atividade por outro fiel católico.