Polícia Civil apresenta três suspeitos de decapitação em Apucarana 

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 20/04/2017
Trio foi preso na quarta-feira (19). Foto: José Luiz Mendes

A Polícia Civil apresentou os três suspeitos de envolvimento na decapitação de Luciano Aparecido de Pontes, 29 anos, na tarde desta quinta-feira (20), em Apucarana. O crime aconteceu na semana passada um vídeo gravado no dia do assassinato, compartilhado em um aplicativo de celular, ajudou a polícia a chegar até os suspeitos.

Na quarta-feira (19), André Gonçalves de Souza, Elza da Silva Nunes e Hercules de Jesus Silva. No mesmo dia, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da mulher que está entre os detidos. A motivação do crime seria o suposto estupro de uma criança de 7 anos, filha da suspeita. Um inquérito foi instaurado na Delegacia da Mulher para investigar o caso, no entanto, ainda não há laudo de comprovação do ato libidinoso. 

"Motivação em tese não teria, porque, se a vítima estava sendo acusada por estupro de vulnerável, efetivamente o inquérito já estava correndo pela Delegacia da Mulher. Não tinha laudo provando e obviamente esse que rapaz era inimputável, era ex-aluno da Apae, com deficiência visível. Necessitava de alguns requisitos para pedir a prisão dele. Não havia um clamor público para pegarem esse rapaz, executarem ele e depois cortarem a cabeça. A Justiça tem o momento certo para que seja feita, e como disse, havia um inquérito em andamento", disse o delegado José Aparecido Jacovós, chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), em coletiva de imprensa.

Jacovós informa que os três foram presos com base em fortes indícios de autoria. Elza é mãe da menina de 7 anos e seria a mentora intelectual do assassinato. De acordo com o delegado, ela teria afirmado que cortaria a cabeça do rapaz, após descobrir o suposto abuso. Segundo ele, Hercules - companheiro de Elza e padrasto da criança - teria flagrado o suposto abuso. Ele foi o responsável por buscar Luciano em casa e a levá-lo até a Estrada do Xaxim. André foi identificado com base nas imagens do vídeo gravado no dia do crime. A polícia percebeu que um dos envolvidos usava tornozeleira eletrônica e chegou até o rapaz. Ele teria confessado que passou pelo local no dia do crime, mas que não tem envolvimento. A polícia ainda encontrou mensagens no celular dele com informações sobre o assassinato. 

Vídeo
O vídeo que mostra a decapitação de Pontes começou a circular pelo  WhatsApp no começo desta semana. Logo a Polícia Civil teve acesso a um segundo vídeo mostrando o rapaz sendo morto com um tiro na cabeça. Pelo menos cinco pessoas foram visualizadas nas imagens. A polícia prossegue com as investigações para identificar os outros envolvidos. 

Foto por Reprodução