Mães e esposas de presos registram reclamações no MP após suposta tentativa de fuga na cadeia

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 31/10/2016
Mulheres se reuniram em frente ao MP nesta manhã. Foto: José Luiz Mendes

Cerca de vinte mulheres - entre mães e esposas de detentos do minipresídio de Apucarana - registraram reclamações no Ministério Público na manhã desta segunda-feira (31). Três integrantes do grupo foram recebidas pelo Promotor de Justiça, Fabrício Drummond Monteiro. Segundo ele, as mulheres alegaram que foram cancelados os horários de visita e entrega de alimentos, sem aviso prévio. Elas informaram ainda que teria ocorrido situações de agressão durante vistoria na cadeia. A operação bate grade teria sido realizada por conta de uma tentativa de fuga, no entanto, a informação não foi confirmada pelo setor de carceragem. 

"A questão das visitas e entrega de alimentos têm relação com o estado de greve da Polícia Civil e não cabe diretamente ao MP intervir na situação. Quanto as alegações de agressão, vou apurar diretamente com a autoridade policial para ver se houve problema de lesão corporal e aprofundar essa reclamação", disse Monteiro. 

Foto por Reprodução

A dona de casa Bruna Teixeira, 25 anos, disse que nesta manhã foi impedida de entregar uma sacola com alimentos ao marido que está preso no minipresídio. Ela alega que não foi avisada sobre o cancelamento da entrega de produtos, que acontece toda segunda-feira, e nem sobre o adiamento do horário de visita, que nesta semana seria adiantado para a terça-feira (1º) por conta do Dia de Finados. Bruna disse que o motivo seria uma operação bate grade realizada na cadeia por conta de uma tentativa de fuga, no entanto, a reportagem não conseguiu confirmar esta informação com o setor de carceragem do minipresídio. 

“Nos deixaram esperando desde madrugada até às 9 horas. Uma das mulheres apertou o interfone para pedir informação e só então soube que não teria entrega das sacolas porque teria acontecido uma suposta tentativa de fuga. Tinha gente do Mato Grosso, Marilândia, Londrina esperando para entregar as coisas. É um descaso”, disse.

Bruna ainda afirma que encontrou pertences dos presos em uma lixeira, em frente à unidade. “Jogaram fora alimentos, colchão, roupas. Isso revolta, pois as famílias trabalham e gastam o que não podem para levar alimentos e roupas para depois jogarem no lixo”, desabafa.

O TNonline entrou em contato com agente de cadeia pública responsável pelo minipresídio, no entanto, ele não pode atender a reportagem. 

Mais informações na sequência.