Polícia Civil lacra empresa pela 2ª vez por suspeita de poluição 

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 23/09/2015
Empresa funciona em barracão na Avenida Governador Roberto da Silveira | Foto: Sérgio Rodrigo

A Polícia Civil lacrou uma empresa em Apucarana por suspeita de descarte irregular de resíduos, que estariam poluindo um córrego. A lavanderia industrial fica na Avenida Governador Roberto da Silveira, próximo ao Conjunto Habitacional Osmar Guaracy Freire, na região Oeste da cidade. Esta é a segunda vez que a indústria é lacrada neste ano por irregularidades. Sem licença ambiental, o empreendimento não poderia estar funcionando, afirma a polícia.

Ontem (22), policiais civis da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana estiveram vistoriando o estabelecimento e constataram a poluição em um córrego atrás da empresa Estação da Malha, que havia sido lacrada no dia anterior. Outras empresas também são investigadas sobre a prática de possível crime ambiental.

“A polícia chegou ao local após denúncias de moradores das proximidades, que apontaram a poluição nesse riacho, que estava com um mau cheiro insuportável. Constatamos que a poluição é realmente grande no local”, disse o delegado-chefe da 17ª SDP, José Aparecido Jacovós. 

A empresa já havia sido lacrada em maio deste ano por funcionar sem licença ambiental. “Ela foi lacrada novamente por ter sido reaberta para o funcionamento sem que houvesse uma autorização do Ministério Público, da Polícia Civil ou órgão ambiental”, disse Jacovós. “Isso não quer dizer que a poluição esteja vindo apenas dessa indústria em específico. Constatamos que a poluição nesse riacho é muito grande e deve estar vindo também de outras empresas da mesma região. A Polícia Civil está investigando”, completou o delegado-chefe.

JABOTI - Em maio, a empresa já havia sido lacrada em uma ação conjunta entre Polícia Civil e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por suspeita de liberar os mesmos resíduos diretamente nas galerias de águas pluviais sem o devido tratamento. Esses resíduos, provenientes da lavagem e tingimento de tecidos, iam diretamente para o Lago Jaboti. Na época, a empresa atuava sem licença ambiental e sem outorga de direito para uso de recursos hídricos para o lançamento de efluentes.