​Município subsidia obras em propriedades rurais

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 22/01/2015
Foto: André Veronez

Em Apucarana, Prefeitura e produtores rurais são parceiros em obras que visam fomentar a produção agrícola. Desde outubro do ano passado, está sendo colocado em prática o Programa Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, que prevê incentivos em diversos serviços nas propriedades rurais. O Município banca 60% do valor da hora/máquina e o agricultor completa os 40% restantes. Nesta quinta-feira (22/01), o prefeito de Apucarana, Beto Preto, verificou os primeiros resultados da iniciativa, vistoriando a terraplenagem feita para a construção de um barracão de frango, na localidade rural do Xaxim.

Beto Preto esteve acompanhado, durante a visita, pelo vice-prefeito, Sebastião Ferreira Martins Junior (Junior da Femac), pelo superintendente municipal de Agricultura, José Luiz Porto, pelo técnico agrícola, Robson Menegardi, que é fiscal do contrato firmado com a empreiteira vencedora da licitação para executar os serviços.

A comitiva vistoriou os serviços de terraplenagem executados na propriedade de João Ciraque, que contratou 108 horas/máquina através do programa e pagou R$ 4.300. “Já a Prefeitura entrou com pouco mais de R$ 6 mil nesta parceria. É um programa que não existia e que estamos implantando nesta gestão. O nosso foco é no negócio, na produção agrícola, pois esse incentivo gera um retorno efetivo de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços)”, salienta Beto Preto.

O prefeito lembra que o programa foi aprovado pela Câmara de Vereadores, dentro do que preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal, e abrange várias ações na propriedade rural. “O programa permite o acesso subsidiado a serviços de terraplenagem para a construção de granjas, galpões, residências rurais e ainda escavação de represas visando o desenvolvimento da piscicultura e melhorias em carreadores”, cita Beto Preto.

Até o momento, o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável já executou serviços em cinco propriedades rurais e registra 80 agricultores inscritos. “A procura é muito grande, o que mostra o sucesso da iniciativa. Para 2015, vamos aumentar os recursos previstos em orçamento para o programa, que passará dos atuais R$ 100 mil para R$ 200 mil”, frisa Beto Preto.

Do total de inscrições, oito estão relacionados com a avicultura. “São 8 pedidos de aviários, que juntos somarão mais 17 mil metros quadrados de barracões, gerando um incremento anual de mais de um milhão e 600 mil frangos  em Apucarana”, projeta Beto Preto, citando ainda outras iniciativas, como o Programa Terra Forte que oferece como incentivos a distribuição de insumos para correção da acidez do solo e de mudas frutíferas. “Tudo isso reflete no Valor Bruto da Produção e na geração de divisas, trazendo um retorno efetivo para o Município”, reforça Beto Preto.

AMPLIAÇÃO – O produtor João Ciraque iniciou na avicultura em 2.010 e atualmente está, com o apoio da Prefeitura, finalizando o terceiro barracão de frango. “É um ótimo incentivo que a Prefeitura está dando aos produtores, pois o serviço de terraplenagem saiu por menos da metade do custo com o apoio que estamos recebendo”, avalia.

No barracão que está sendo finalizado, Ciraque está investindo em tecnologia, implantando o sistema automatizado, com quatro linhas de comedouros e seis linhas de água, além de placa evaporativa. “Estou investindo R$ 400 mil, no barracão e nos equipamentos para a automação, financiados através do Banco do Brasil”, explica.

O produtor lembra que terá dois anos de carência antes de iniciar o pagamento do financiamento, que vai durar 8 anos. “Durante a carência, o barracão vai gerar uma renda de cerca de R$ 10 mil por lote e depois, com o início do financiamento, sobrará ainda entre R$ 2 mil e R$ 3 mil”, calcula.

Entretanto, Ciraque conta ainda com outros dois barracões, também com 2.100 metros quadrados e capacidade para alojar 30 mil pintainhos. “Finalizando este novo barracão, terei condições de alojar a cada 45 dias 90 mil pintainhos”, afirma Ciraque, que trabalha no sistema integrado com a empresa Jaguafrangos. “Eles fornecem a ração, os pintainhos, assistência técnica e os medicamentos, sendo que a minha remuneração gira entre R$ 0,70 e 0,80 por frango”, observa, lembrando que as principais despesas durante o processo de criação envolvem a energia e mão-de-obra.