Ladrões de peroba rosa voltam a agir na região

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 29/08/2014
Grande parte das estruturas da parte inferior da casa foram levadas

O  diretor-secretário do Sindicato Rural de Apucarana, Jorge Nishikawa, esteve nesta sexta-feira (29) pela manhãna 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana para registrar boletim de ocorrência sobre o furto de uma tulha inteira e das divisórias de peroba rosa de uma casa de alvenaria, situada na Fazenda União, nos fundos do Residencial Veneza, na região do Conjunto Interlagos (zona sudoeste do município). Segundo Nishikawa, a madeira furtada está avaliada em cerca de R$ 4 mil/R$ 5 mil. 



"Um funcionário meu morava no local, mas faleceu na última terça-feira. Quando levei um comprador de madeira para vendê-la as edificações já não estavam mais na propriedade rural, apenas a estrutura", relata.

Nishikawa acrescentou que em dezembro de 2011 teve outra moradia rural feita com peroba rosa furtada de um sítio dele. "Esse tipo de madeira é muito resistente e tem grande valor no mercado", explica.

Ele lembra que a peroba rosa foi vastamente explorada no Norte do Paraná durante a colonização, na construção de casas, paióis, tulhas e currais e é uma das madeiras mais cobiçadas no mercado moveleiro. 

"A valorização do produto chama a atenção de ladrões. Para levar o madeiramento, os criminosos não medem esforços. A ação é realizada em grupo e dura de duas a três horas. O bando, na maioria das vezes, desmancha as construções, deixando apenas a estrutura", completa Nishikawa.

IGREJA - Em agosto de 2011, a igreja de São Jorge, situada na zona rural de Cambira, no Norte do Paraná, foi destruída por ladrões. Conforme informações da Polícia Militar (PM), o objetivo dos criminosos era as tábuas de peroba rosa, que compunham toda a estrutura da igreja.    

A madeira de peroba é rara e resistente, normalmente é utilizada em construções antigas. Cada tábua é comercializada por cerca de R$ 20 a R$ 25 e são usadas principalmente para fabricação de móveis.   

A igreja tinha 50 anos de fundação. Após o furto, a comunidade decidiu transferir as missas provisoriamente para o galpão de um sítio, que fica perto do estabelecimento religioso.