Valdir Abrahão paga fiança de R$ 33 mil e deixa prisão

Autor: Da Redação,
sábado, 18/05/2013
Delegado Valdir Abrahão deixou a prisão em Curitiba anteontem

O juiz da 2ª Vara Criminal de Apucarana, José Roberto Silvério, arbitrou fiança de 50 salários mínimos ao delegado Valdir Abrahão, ex-chefe da 17ª Subdivisão Policial, preso durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no município.

Após 38 dias detido em Curitiba, Abrahão foi solto anteontem (16), mediante o pagamento de R$ 33,9 mil. Os investigadores Edson José Sanches Antunes e Sebastião Vanderlei de Moraes também tiveram fiança arbitrada no valor de R$13,5 mil cada, no entanto, até o final da tarde de ontem, não tinham efetuado o pagamento.

Conforme informações obtidas na 2ª Vara Criminal, o cartório recebeu o pedido de revogação de prisão preventiva na semana passada. Contudo, a determinação de soltura ocorreu somente na tarde da última quinta-feira, pois, de acordo com juiz, os acusados não oferecem risco estando em liberdade. Os três são acusados por formação de quadrilha e corrupção passiva.

O delegado deixou o Centro de Triagem, em Curitiba, para responder o processo em liberdade. No entanto, continua afastado do cargo até o julgamento do processo. A medida cautelar imposta pela Justiça também pode ser revogada, porém, se for condenado, Abrahão será destituído do cargo público que ocupava.

A fiança dos investigadores ainda não foi quitada. Segundo informações 2ª Vara Criminal, o advogado de Sebastião Vanderlei de Moraes entrou com pedido de redução de valores alegando que o acusado não tem condições de pagar a quantia de R$13,5 mil. O mesmo valor foi arbitrado ao policial civil Edson José Sanches Antunes que atuava como superintendente na 17ª SDP. Ambos estão detidos na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), de Curitiba.

Os policiais foram presos em 9 de abril durante operação do Gaeco que desarticulou o esquema de corrupção no município. O delegado e os investigadores recebiam aproximadamente R$ 3 mil de cada empresário para acobertar a falsificação de produtos de marcas famosas. Vinte e três pessoas foram presas durante a operação e outras indiciadas no decorrer das investigações. Com a conclusão do inquérito, o Gaeco apresentou denúncia contra 33 pessoas por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.