Em mais uma rodada da sabatina com os candidatos a prefeito de Apucarana, o site TNOnline e a Tribuna do Norte entrevistaram nesta quarta-feira Paulo Sérgio Vital (PL), que concorre pela coligação “Vamos em Frente”. Ele foi o terceiro entrevistado da semana.
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Paulo Vital é advogado, atual vice-prefeito e também já foi procurador-geral do Município nas duas gestões do ex-prefeito Beto Preto (PSD) e dois anos na primeira gestão do atual Junior da Femac (MDB), com quem está rompido politicamente.
O candidato diz que sempre teve um perfil técnico, tendo trabalhado como procurador-geral na administração municipal. E ao acompanhar todos os projetos e toda transformação que foi feita na cidade lá atrás com o ex-prefeito Beto Preto, começou a perceber o que é a política. No seu entender, política é transformar as vidas das pessoas. “Se você fizer uma gestão boa, se você fizer uma gestão com compaixão pensando realmente nas pessoas, você consegue transformar a vida delas”, argumenta. “Então é pelas mãos da política que se faz as coisas, se consegue ajudar a comunidade e é por causa disso que eu coloquei meu nome à disposição como candidato a prefeito”, explica o candidato, garantindo que tem experiência técnica e política e está preparado para comandar o município a partir de 2025.
Neste sentido, Paulo Vital adianta também qual será o seu perfil como prefeito de Apucarana, caso seja eleito. Conforme assinala, seu perfil será de economia e austeridade na gestão dos recursos públicos, com corte de gastos e redução da máquina administrativa que, conforme observa, está muito inchada. “Nós vamos cortar cargos comissionados e algumas mordomias que têm na Prefeitura e investir naquilo que a população mais necessita”, afirma, citando setores essenciais como saúde, educação e moradias.
Tendo como principal apoiador na campanha o deputado federal Beto Preto (PSD), com quem trabalhou e tem forte ligação amigável e política, Paulo Vital afirma que pretende contar com a ajuda do parlamentar na sua administração. Conforme assinala, o Beto Preto é o único deputado federal de Apucarana e quem pode trazer os recursos que o município necessita, tanto na esfera federal como na estadual através do governador Ratinho Junior, de quem o candidato também está recebendo apoio. “O Beto Preto terá papel fundamental no meu governo trazendo recursos e dando orientação com a sua experiência, mas quem será o prefeito sou eu”, frisa.
Sobre seu rompimento com o atual prefeito Junior da Femac, Paulo Vital explica que foi por não concordar com os rumos que a administração municipal estava tomando. Além de não ser ouvido dentro da Prefeitura, ele desaprovava muita coisa que acontecendo, entre elas, o fato de empresas do prefeito estarem prestando serviços à Prefeitura, conforme processo que corre na Justiça. “Quem me conhece sabe que a gente tem o nosso pilar, que sempre foi a ética e a honestidade”, pontua, justificando que foi por isso que ele e Beto Preto deixaram o grupo.
Durante a sabatina, Paulo Vital respondeu a várias outras questões como a dos dois hospitais que a cidade está ganhando, dívida pública, estacionamento rotativo, mobilidade urbana, segurança pública, obras paradas e geração de empregos, entre outras.
Sobre os hospitais, que têm sido alvo de polêmica nos meios políticos, Paulo Vital garantiu que o “Hospital da Acea”, como vem sendo chamado, é um empreendimento onde não se investiu recursos públicos, mas que terá todas as condições de funcionar efetivamente através do SUS e do programa Opera Paraná, do governo do Estado. No seu entender, este novo hospital vai resolver um dos grandes gargalos da saúde pública de Apucarana, que são as cirurgias eletivas.
Quanto ao hospital construído pela Prefeitura, o candidato diz não saber até agora que hospital é esse. “Ninguém sabe o que tem lá, se é só parede ou um caixote”, comenta, discordando inclusive dos R$ 5 milhões que a Prefeitura vai pagar mensalmente para a empresa vencedora da licitação.
O candidato argumenta que não será interessante tirar os R$ 3,6 milhões que o Município subsidia o Hospital da Providência, que tem 340 leitos, faz 15 mil internamentos e 3 mil partos por ano e repassar mais do que isso ainda para uma unidade com pouco mais de 50 leitos. “A gente vai ter que pensar numa solução para fazer esse hospital funcionar”, admite.