Tribuna do Norte Online

Domingo de Ramos celebra a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 31/03/2025
Entrada de Jesus em Jerusalém, afresco de Pietro Lorenzetti Entrada de Jesus em Jerusalém, afresco de Pietro Lorenzetti

"O Domingo de Ramos é o limiar entre a glória e a cruz, aclamados por vozes que em poucos dias se transformavam em gritos de condenação."...

Este dia marca o início da Semana Santa - marca um evento de celebração, tragédia, esperança e traição."

Neste dia, Jesus entra triunfante em Jerusalém, não como um rei terreno, com existência de poder, mas como o Rei da humildade, montado em um jumento, acolhido por ramos e hosanas.

A multidão saudou Jesus com ramos de palmeiras, costume na cultura judaica, simbolizando vitória, alegria e reconhecimento da realeza. Era comum usá-los para homenagear reis e grandes líderes, que retornavam vitoriosos de batalhas. E, ao espalhá-los pelo caminho de Jesus, o povo expressava sua esperança, de que Ele fosse o Messias libertador, que traria redenção a Israel.

Já a expressão: 'Hosanas nas alturas" tem origem hebraica, que significa: "Salva-nos por favor!"

A mudança radical da multidão, que primeiro clama Jesus com "Hosana ao Filho de Davi!",(Mt.21:9) e, dias depois, Crucifica-o!

Este ato revela a fragilidade da fé humana e a influência da manipulação.

Os líderes religiosos da época viam em Jesus uma revolução contra Roma, uma ameaça ao poder e incitaram o povo contra Ele. Manipularam a multidão, que troca sua aclamação de hosana para gritos de condenação.

*OBSERVAÇÃO: Jesus é chamado de "Filho de Davi" porque Ele pertencia a linhagem do rei Davi, o rei mais querido de Israel. Esse título enfatiza a legitimidade de Jesus como o herdeiro do trono de Israel, O Messias esperado.

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O Domingo de Ramos e a Paixão de Cristo nos desafiam a refletir sobre a fragilidade da fé humana e a verdadeira natureza do reino de Cristo, um reino que não se impõe pela força, mas pelo amor e pelo sacrifício supremo na cruz.

E, ao erguemos os ramos, somos chamados não apenas a clamar o Rei, mas a caminhar com Ele do júbilo à Paixão na Cruz.