A administração empresarial se move ancorada num conjunto de conhecimentos variáveis como da matemática, da filosofia, da psicologia, da economia, da contabilidade, da biologia, da física, entre outras, por meio do conceito de sistemas. Dentro desse conjunto, a evolução é constante e nunca para. A empresa, envolta em uma organização empresarial, compõe fortemente um sistema que envolve um amplo leque de conhecimentos. Logo, o administrador é o indivíduo que está amplamente antenado num grande conjunto de variáveis; e que para desenvolver a empresa e avançar no mercado competitivo precisa conseguir aglutinar de forma satisfatória todas essas variáveis, onde a empresa é o núcleo real do sistema.
O sistema empresarial está fortemente conectado em entrada, processo e saída de produtos, da forma mais eficiente que conseguir avançar em cada campo de sistema. Maior qualidade, maior rapidez, reduzido custo de retrabalho, com zero acidentes e com a satisfação do cliente final, é o grande pulo do gato na articulação da administração de um sistema real. A organização está presente dentro daquele sistema orgânico e complexo - composto por pessoas - e o grande desafio do empresário é fazer com que esse sistema possa rodar de forma satisfatória a cada dia e melhor em cada ciclo.
Como aprendemos com a experiência do passado, tomamo-la como ponto de partida dos ciclos passados para planejar o presente e replanejar o futuro. A metodologia para isso depende de gestor para gestor, de seu histórico de experiência, seu posicionamento diante do mercado, das fases que o mercado atravessa; a experiência, porém, é o grande balizador que influenciará a forma com que o sistema será gerenciado no ambiente onde a empresa está inserida. Embora a maioria das empresas seja de alcance local e/ou regional, impactos que acontecem em nível nacional - macroeconômico - e internacional tendem a afetá-la neste ambiente local; fortes influências que viajam pelo mercado mexem com a concorrência local e diferenciam as empresas umas das outras em seu padrão competitivo. O gestor, então, precisa se adequar a esse ambiente, envolto num grande sistema, para sobreviver no mercado e permanecer competitivo.
O sistema é fortemente sinérgico, e soluços que ocorrem no exterior e ao nível macroeconômico - intempéries, crises e bolhas macroeconômicas e políticas - podem abalar o sistema local/regional e influenciar sobremaneira na organização e atividade das empresas. Os sistemas de um grande número de empresas envoltas em associações organizacionais de apoio trabalham lado a lado para reduzir a influência negativa dos abalos que afligem o sistema. Toda empresa, contudo, é um sistema que nasceu de um planejamento, viajando pelas mentes criativas de um ou de diversos empreendedores, que foi avançando até ganhar tamanho macroeconômico. Por isso, dizemos que os empreendimentos que compõem os sistemas, um dia nasceram do sonho de um empreendedor ou de uma equipe empreendedora. Com planejamento ao longo do tempo e experiência adquirida foi-se remodelando a organização, como um sistema menor dentro de um grande sistema, com o objetivo de ganhar competitividade e satisfatoriamente sobreviver dentro do mercado macroeconômico.
Na organização empresarial, o "pequeno grande sistema" cresce aceleradamente se aquela ideia de negócio alcança o sucesso no mercado onde está competindo. Para isso, a empresa precisa estar sempre em busca de vencer suas metas, planejar, produzir com qualidade e investir na divulgação de seus produtos, treinar seus funcionários, estar sempre aberta a novas inovações. É um grande conjunto de obrigações que a empresa precisa bem cumprir, para satisfazer seus clientes e romper barreiras dentro do mercado competitivo. A empresa deve estar sempre aberta a coisas novas, sempre aprendendo mais, planejando, avaliando e replanejando novos ciclos.
A empresa busca entregar para o mercado o que o mercado dela espera, produtos com qualidade cada vez mais superior, e essa organização empresarial também pode juntar-se com outras que ao longo dos tempos se reestruturaram, cresceram e agora podem juntar-se e, administrativamente, tomar a frente de outras organizações: são as fusões empresariais. Aqui, as empresas se juntam cada uma com seu sistema particular, dando origem a um sistema maior e, juntas, unem forças para enfrentar grandes mercados competitivos.
A empresa, como uma organização, vai-se fortalecendo cada vez mais, planejando, juntando novas energias, formando equipes e dirigindo-as, trocando peças neste e naquele departamento, substituindo estruturas e tecnologias antigas por novas, adaptando o antigo ao novo. Sempre, todavia, visando ampliar seu leque de atuação e de fortalecer o seu sistema empresarial dentro do seu tamanho ideal e de acordo com as exigências do mercado competitivo.
Então, para se obter sucesso no mercado competitivo, a empresa precisa ir além de satisfazer os seus clientes, precisa se antecipar às necessidades dos clientes. Ela pode até criar novas necessidades de consumo; quando faz isso, está à frente dos seus concorrentes. Ao lado disso, a empresa tem que conviver com clientes, concorrentes e com fornecedores e valorizar uma atmosfera positiva e cooperativa entre seus funcionários e departamentos. A empresa precisa de muita gente e, ela mesma, manter-se coesa e fiel aos seus propósitos.
Muitas conquistas e oportunidades chegam até a empresa por meio de parcerias. Podem até ser parcerias com os próprios concorrentes, com as associações locais, regionais e com o governo, por meio de seus órgãos reguladores. Existe um amplo leque de atores que circulam ao lado da empresa com os quais ela precisa bem se relacionar porque desses relacionamentos podem sair grandes frutos positivos em favor dela. Na outra ponta, a empresa não pode se esquecer de que o cliente é o ator principal, tudo precisa estar funcionando em perfeita sincronia para que o cliente seja satisfatoriamente atendido, tendo superado suas expectativas.
Por Paulo Cruz Correia