Se o Lago Jaboti tem status de cartão postal, suas moradoras mais ilustres são, sem dúvida, as capivaras. Roedoras herbívoras que podem chegar a 80 kg, as capivaras fazem parte da paisagem do parque e, não raro, surpreendem os frequentadores de fim de tarde e motoristas quando se deslocam para outros pontos. Queridinhas do público, elas fazem parte do patrimônio natural e cultural do parque.
De acordo com o biólogo Fernando Felippe Rodrigues, estima-se que existam aproximadamente mil capivaras espalhadas pela cidade. Além do Lago Jaboti elas podem ser vistas também no Parque da Raposa, Parque da Redenção e em áreas selvagens onde não costumam ser vistas tão facilmente quanto as do Lago Jaboti.
O biólogo explica que ainda que sejam animais silvestres selvagens, as capivaras que vivem no Lago Jaboti estão familiarizadas com pessoas, por isso aceitam uma aproximação maior, mas é preciso tomar cuidado.
“Todos animais silvestres têm que ser respeitados, eles não pensam igual ser humanos eles não acham que você é um amigo dele, na vida selvagem os animais pensam que vão ser predados ou que vão predar alguém então tem sempre esse receio, então manter o respeito do animal”, explica o biólogo.
De acordo com Fernando Felippe, o papel das capivaras no ecossistema é fazer o controle de plantas para que não se proliferam e também ser presas grandes predadores como a onça pintada, onça parda, grandes sucuris e jacarés. “O bando do grupo daqui do Jaboti tem um volume bastante grande por falta de predadores na natureza”, disse, lembrando ainda que a capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela transmissor da febre maculosa, uma doença que pode matar.
Hora da selfie
Empresária Lúcia Mateus Fernandes tem uma coleção de fotos com as capivaras
Acostumadas a serem fotografadas, as capivaras são também as celebridades do lago. Muita gente posta fotos dos animais que vivem livremente pelo Lago Jaboti. É o caso da empresária Lúcia Mateus Fernandes, de 62 anos, que corre no Lago Jaboti há muitos anos e que não perde a oportunidade de registrar a “mascote” da cidade. “Já virou rotina vir aqui fazer minha corridinha tirar uma fotinha com elas e postar, para o pessoal ver e vir aqui fazer fotos com elas também”, conta a empresária, que tem uma verdadeira coleção de selfies tendo como fundo as capivaras em suas redes sociais.
Apesar de ficar encantada com os animais, Lúcia sabe que é preciso ter respeito com o espaço delas e cuidado com a saúde. “Tem que ter respeito e não chegar muito perto porque ela tem um carrapato que é perigo pode levar a uma doença séria”, disse.
Lúcia recomenda o espaço para a prática de esportes com segurança, além do local ter muito verde, ainda é um cartão postal da cidade alta. “Eu super recomendo ao povo que faz atividades na rua que é perigoso aqui é um espaço que não tem perigo e tem a natureza é muito bom”, finaliza. Assista:
Saiba mais
As capivaras são mamíferos herbívoros e se destacam por levarem o título de maior roedor do mundo.
Elas vivem em locais próximos ao ambiente aquático, pois precisam da água para várias de suas atividades, como esconder de predadores e reproduzir-se. Esses animais alimentam-se de gramíneas e até mesmo de plantas aquáticas.
O nome popular da capivara possui origem tupi-guarani e significa “comedor de capim”. Elas pesam de 20 kg a 80 kg e podem viver 15 anos.
Por, Lis Kato