Thais Dayane Moises Cavalcanti, 24 anos, e Edson Bercamaski, 31, acusados de assassinar a filha Maria Clara, de apenas 4 anos, estão sentados no banco dos réus nesta quinta-feira (20), na Comarca de Rolândia (norte do Paraná). O casal foi denunciado pelo Mistério Público (MP) por homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, emprego de asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e ocultação de cadáver.
O corpo da criança foi localizado em um terreno baldio no dia 4 de janeiro de 2016, no Jardim Montecarlo II, já em estado de decomposição.
As investigações revelaram que a criança foi asfixiada. Inicialmente, os pais negaram autoria do crime, alegando que a menina morreu após ter tomado um medicamento para dores no estômago. Entretanto, laudo de exame de necropsia realizado do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina indicou que a criança foi asfixiada.
Confissão
O homem então confessou tudo e afirmou que “tinha intenção de corrigir a menina e não matar”. Bercamasque e Thais foram presos após fugirem para São Paulo. A mãe, no entanto, nega participação no crime.
Histórico de agressão
O casal, que tem outros dois filhos tinha histórico de agressão, sendo que o Conselho Tutelar dos Direitos da Criançca e do Adolescente fazia atendimentos regulares na moradia da família.
Primeira versão do casal
"A mãe disse que a filha estava passando mal e tinha dores estomacais, e que ela deu Buscopan para a criança. Ao acordar no meio da noite, ela e o marido, Edson Bergamaski, perceberam que a criança estava morta. Ela diz que o marido pediu pra ela sair da casa e sumiu com o corpo”, afirmou Walter Helmut Eckert Filho, delegado de Rolândia na época do crime.
O homem teria deixado o corpo da filha em um matagal.
O casal havia se mudado para Rolândia há poucos meses e resolveu regressar à cidade de Cabrália (SP) para tentar esconder o que aconteceu. “Os parentes em Cabrália começaram a desconfiar da falta da criança e eles diziam que ela estava com a avó ou com um tio”, detalhou o delegado Walter Helmut.
Confissão
Dias depois, o pai da menina foi preso e confessou ter agredido a criança em um “acesso de raiva”. Edson Aparecido Bergamaski afirmou que Maria Clara estava fazendo muita bagunça. “Eu dei um chacoalhão no pescoço dela, mas não tive intenção de matá-la”, teria dito Edson.
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