Um levantamento realizado pela Copel mostra que o número de ligações de energia solar em Apucarana e Arapongas mais que dobrou neste ano. Apucarana tem 328 unidades de geração distribuída conectadas à rede da Copel, sendo que 177 foram ligadas este ano, 53% do total. Em Arapongas, são 312 unidades, sendo 162 ligadas em 2020, 51% do total. Procura por redução de custos tem incentivado os consumidores a adotar a geração de energia distribuída.
De acordo com o gerente de atendimento de carga e geração da Copel Adriano Prado de Souza, a adoção da energia solar na região tem crescido nos últimos dois anos pelo menos, e com o advento da pandemia, a busca pela diminuição de custos, sobretudo em empresas, cresceu ainda mais. “Esse crescimento já é histórico, mas o aumento mais recente neste ano, podemos atribuir aos benefícios oferecidos dentro da tarifa de energia, ou seja, a diminuição dos custos com energia elétrica adotada principalmente por grandes empresas na cidade e no campo. O momento delicado da economia dentro do período de pandemia trouxe essa necessidade de reduzir custos”, considerou.
De acordo com ele, o trabalho de divulgação desta modalidade de energia na região é muito forte, popularizando as vantagens da energia solar. “Percebemos que nos últimos anos, todas as grandes feiras industriais e agrícolas realizadas na região contam com a participação de empresas de energia solar divulgando seus serviços. Isso tem tornado a modalidade e suas vantagens cada vez mais conhecidas. Aliado a isso, existem muitos incentivos financeiros como linhas de créditos especiais para aquisição com juros muito baixos”, afirmou.
O gerente de atendimento explica que no Paraná, no ano passado, chegamos a 26 mil unidades de geração distribuída. Neste ano, apenas de janeiro a setembro, já foram ligadas 10 mil unidades. “A tecnologia ofertada e o custo benefício atraem cada vez mais consumidores. Antigamente para se recuperar um investimento em energia solar eram necessários até 20 anos. Hoje, em menos de 10 anos, o consumidor recupera o investimento, as vezes até menos”, disse.
Ele explica que, em uma residência por exemplo, a economia com a redução de consumo pode chegar a 20% ou mais, dependendo da potência do equipamento instalado. Em se tratando de instalações industriais, a economia pode ser ainda maior. “Tudo depende de um estudo do consumo do local, esse perfil deve ser analisado na hora do cliente fazer este investimento. Quanto maior o consumo, maior será a redução no custo. E em situações em que a geração da energia solar for maior que o consumo da unidade, essa energia excedente é injetada na rede da Copel e isso cria um crédito de energia, ou seja, um desconto para as próximas faturas. É um investimento alto, mas extremamente vantajoso”, ponderou.
Setor comemora vendas
Dono de uma empresa que atende toda a região com a instalação de placas geradoras de energia solar, Jeferson Ribeiro comemora o aumento de clientes durante a pandemia. “É no momento em que a situação financeira fica mais delicada que o empresário analisa seus gastos e decide reduzir custos. Até dois anos atrás, minha empresa realizava em média 3 instalações por mês. Este ano, estamos fazendo em média de 15 a 20 instalações, a grande maioria em empresas”, conta.
Para ele, o aumento no consumo de energia tem vários fatores. “O acesso a informação, a evolução da tecnologia, o alto custo da energia elétrica e as linhas de crédito com juros baixos para aquisição do produto contribuíram consideravelmente para o aumento. Nossa condição climática na região também é um grande incentivo para os consumidores”, considerou.
“Acredito que a tendência do setor é aumentar ainda mais as vendas, principalmente enquanto as empresas estão retomando a força financeira após um período mais difícil na economia. Sabendo que o custo da energia elétrica deve aumentar pelo menos 20% a partir do ano que vem, o investimento acaba
se tornando ainda mais viável”, finalizou Ribeiro.
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