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Tragédia da Apae completa 100 dias sem conclusão de inquérito

Acidente provocou cinco mortes e deixou 23 pessoas feridas em 9 de março deste ano

Da Redação

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Acidente ocorreu no final da manhã de 9 de março em passagem de nível em Jandaia do Sul
Icone Camera Foto por Arquivo/TN
Acidente ocorreu no final da manhã de 9 de março em passagem de nível em Jandaia do Sul
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.06.2023, 16:37:56 Editado em 27.06.2023, 16:48:45
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Mais de 100 dias após o acidente envolvendo um ônibus da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e um trem da concessionária Rumo em Jandaia do Sul, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) ainda não concluiu o inquérito que investiga as causas da tragédia. A colisão provocou cinco mortes e deixou 23 pessoas feridas em 9 de março deste ano. Quatro das vítimas eram estudantes e a outra funcionária da Apae.

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“A PCPR aguarda laudos complementares que auxiliarão na conclusão do inquérito policial”, informou a Polícia Civil nesta terça-feira (27) ao TNOnline, acrescentando que são “laudos periciais das vítimas do ônibus e do trem”.

Nesta terça-feira (27), a segurança nas travessias de linha férrea foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba. Organizado pela Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, o debate procura encontrar soluções para evitar tragédias como a de Jandaia do Sul.

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A audiência pública contou representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que é responsável pelo Programa Nacional de Segurança Ferroviária em Áreas Urbanas), além de diretores da Rumo, que é concessionária responsável pela maior parte da malha ferroviária no Paraná, entre outros. ]

“Vamos discutir, em conjunto com a sociedade civil organizada, instituições e empresas do segmento, a atual situação e buscar soluções que garantam a segurança no trânsito durante as travessias das linhas férreas em nosso estado”, assinala o deputado Gugu Bueno (PSD), presidente da Comissão de Obras.

Na audiência, a Prefeitura de Arapongas apresentou o sistema de sensores implantado em passagens da cidade, em parceria com a Rumo, detectam a aproximação dos trens e acionam um semáforo para evitar a passagem dos carros. O sistema está em testes também em Apucarana, Curitiba, Jandaia do Sul e Ponta Grossa.

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O ACIDENTE

Duas estudantes morreram no local do acidente: as primas Maria Vitória Gomes Ferreira, 11 anos, e Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, 15 anos. Um dia depois, em 10 de março, a cozinheira da Apae, Isabel Aparecida Gimenes Figueiredo, 55 anos, morreu no Hospital da Providência, de Apucarana, em consequência dos ferimentos.

Outra aluna Maria de Lourdes Henrique, de 56 anos, que sobreviveu ao acidente, morreu dias depois na casa da família. Após o acidente, ela foi internada no Hospital Norte do Paraná (Honpar), em Arapongas, e recebeu alta. Entretanto, morreu depois em decorrência de uma embolia pulmonar e trombose venosa profunda.

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A quinta vítima fatal morreu no dia 22 de março em um hospital em Sarandi. João Lucas dos Santos Silva, de apenas 8 anos, sofreu diversas fraturas e um ferimento grave na cabeça e estava internado no Hospital Metropolitano desde o dia do acidente.

No dia do acidente, a Polícia Civil ouviu o motorista do ônibus, um homem de 43 anos, que alegou não ter ouvido a buzina de alerta do trem e tampouco ter visualizado a composição férrea se aproximar por causa do mato alto. Ele foi ouvido e liberado. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento do acidente.


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